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Turismo de negócios caiu 58% após a pandemia

As perspectivas são de que o setor do turismo corporativo passará por uma profunda transformação e não deverá retornar com as suas atividades como antes. Foto de The Lazy Artist Gallery no Pexels
As perspectivas são de que o setor do turismo corporativo passará por uma profunda transformação e não deverá retornar com as suas atividades como antes. Foto de The Lazy Artist Gallery no Pexels

O turismo de negócios movimenta a economia de muitas cidades brasileiras e foi completamente prejudicado pela pandemia. Com a necessidade das medidas de isolamento, o home office virou rotina para milhões de trabalhadores, de forma que eventos e reuniões que antes eram presenciais passaram a ser comuns em aplicativos como o Zoom, Teams e Meet.

O resultado foi a derrubada do turismo de negócios, que enxergava a vacinação como a “luz no fim do túnel” para a retomada desse segmento. No entanto, as perspectivas são de que o setor do turismo corporativo passará por uma profunda transformação e não deverá retornar com as suas atividades como antes.

O reflexo da má performance do segmento pode ser sentido nas quedas das bolsas de valores de todo o mundo, depois dos rumores que as empresas, ao invés de terem que pagar passagem aérea e hospedagem para as reuniões, preferem o trabalho feito via videoconferência, o que é relativamente mais seguro – e econômico. No dia 19 de outubro, as ações da AZUL caíram 10,36% e da GOL 7, 39%, queda motivada por uma desconfiança do mercado sobre o retorno das viagens a negócios.

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Uma pesquisa publicada no site “The Hustle”, baseada em relatórios e fontes da indústria, aponta que em outubro de 2021 as vendas de passagens de avião para empresas foram 58% menor em relação aos níveis de 2019. Apontou também que o volume de buscas para destinos líderes em viagens a negócios (como São Paulo, por exemplo) caiu 88%.

No Brasil, no primeiro semestre deste ano houve uma queda de 39,6% nas viagens empresariais, em relação ao mesmo período do ano passado, conforme aponta a Associação Brasileira de Agências de Viagens Corporativas (Abracorp), com operações que totalizaram R$ 1,427 bilhão, em comparação aos R$ 2,364 bilhões de janeiro a junho do ano passado.

A IdeaWorks, empresa de consultoria do setor de aviação, concluiu que as viagens de negócios só estão sendo mantidas graças aos segmentos que não têm outra opção, como as vendas e trabalhos que requerem interações pessoais. Para ela, entre 19% a 36% das viagens de negócios nunca mais retornarão. Já a McKinsey classificou 20% das viagens de negócios como improváveis de retorno e outros 60% como importantes, mas potencialmente dispensáveis.

Para Marcelo Linhares, CEO da Onfly, travel tech de Belo Horizonte que permite que empresas e seus colaboradores façam reservas de voos, hospedagens e locação de carro on-line, somente a pandemia não pode ser, exclusivamente, responsabilizada pelas baixas do setor, o qual ficou anos com reduzida capacidade crítica e uma profunda miopia diante das evoluções tecnológicas que aconteçam no mundo.

Em seu parecer, as viagens de negócios não acabarão definitivamente, mas serão completamente transformadas pois a pandemia provocou profunda mudança de hábito nos consumidores, e isso exige novos contornos, priorizando a experiência e segurança do viajante corporativo e o cumprimento do orçamento das empresas.

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