Aproximadamente 600 manifestantes, incluindo trabalhadores, familiares, dirigentes sindicais e movimentos populares, protestaram por mais de quatro horas em frente à sede da Eletrobras, localizada no Centro do Rio de Janeiro. Os trabalhadores acusam a direção da empresa, privatizada no ano passado, de perseguição política e coação para a assinatura do plano de demissões da companhia.
Devido a vários descumprimentos do Acordo Coletivo de Trabalho, os sindicatos recorreram judicialmente ao Tribunal Superior do Trabalho (TST) e realizaram uma greve de 72 horas nos dias 9, 10 e 11 de agosto, conforme informou o Coletivo Nacional dos Eletricitários.
O Coletivo tem alertado nos últimos dias sobre o processo administrativo de demissão por justa causa contra Ikaro Chaves, liderança nacional na luta contra a privatização e pela reestatização da Eletrobras. Segundo os eletricitários, o processo foi aberto por motivação política. Chaves recebeu apoio de vários parlamentares, incluindo a presidente do PT e deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR) e o deputado federal Orlando Silva (PCdoB-BA).
“O clima na empresa está péssimo, hostil. A condução irresponsável dos processos de demissão e reestruturação colocam em risco o sistema elétrico brasileiro”, declarou o Coletivo Nacional dos Eletricitários em nota, informando que os sindicalistas apresentaram denúncias ao Ministério de Minas e Energia (MME) e à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).