De acordo com uma da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística) mostrou que o roubo de cargas causou prejuízo de R$ 1,2 bilhão em 2022. A perda foi menor quando comparada a 2021, que registrou R$ 1,25 bilhão em deficit.
O número total de registros cresceu 1,7%, passando de 14.150, em 2020, para 14.400, no ano passado. Esse tipo de ocorrência vinha caindo nas estradas brasileiras: em 2020, houve queda de 23% em relação a 2019.
O Sudeste registrou a maioria dos casos, com 82% das ocorrências, seguido do Sul (6,82%), do Nordeste (5,44%), do Centro-Oeste (3,66%) e do Norte (1,42%). Somados os valores em milhões de cada uma dessas regiões, foram aproximadamente R$ 1,27 bilhão perdidos em cargas roubadas no País.
Para Paulo Souza, assessor de segurança da NTC, os resultados não representam necessariamente um aumento. “Os dados mostram um crescimento em torno de 2%, o que é um impacto mínimo se considerarmos a necessidade de retorno do mercado depois das paralisações por causa da pandemia”, explicou em nota.
As mercadorias mais visadas pelas quadrilhas e pelos grupos criminosos, segundo a pesquisa da NTC, são alimentos, combustíveis, produtos farmacêuticos, autopeças, materiais do setor de têxteis e de confecção, cigarros, eletroeletrônicos, bebidas e defensivos agrícolas.
Em março, um estudo realizado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) mostrou que o roubo de cargas no Estado do Rio de Janeiro durante 2022 causou um prejuízo de R$ 388 milhões. Foram registradas 4.239 ocorrências, uma média de 12 roubos de carga por dia. O valor, no entanto, é o menor em 8 anos e significou uma queda de 6% em relação a 2021.