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Taxa de juros bancários atinge 45,4% ao ano em maio, segundo Banco Central

Economistas revisam projeção de inflação para 2024, enquanto mercado mantém estimativas para PIB e taxa de juros.
Foto: Divulgação

A média das taxas de juros de concessões de crédito livre subiu 7,4 pontos percentuais ao longo dos últimos 12 meses, atingindo 45,4% ao ano em maio. O Banco Central divulgou esses dados na quarta-feira (28), por meio das Estatísticas Monetárias e de Crédito.

Em maio, houve um aumento de 0,7 ponto percentual em relação ao mês anterior. O crédito livre abrange operações onde os bancos têm autonomia para emprestar o dinheiro adquirido no mercado e estabelecer as taxas de juros cobradas dos clientes.

Para as empresas, a taxa média do crédito se manteve estável em 23,8% ao ano nas novas contratações, apresentando um aumento de 1,9 ponto percentual nos últimos 12 meses. Para as famílias, a taxa média de juros atingiu 59,9% ao ano, mostrando um crescimento de 0,3 ponto percentual no mês e de 9,5 pontos percentuais em 12 meses.

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Já no crédito direcionado, cujas regras são definidas pelo governo e é primordialmente direcionado aos setores habitacional, rural, de infraestrutura e microcrédito, a taxa para pessoas físicas foi de 12,1% ao ano em maio. Essa taxa representa um aumento de 0,6 ponto percentual em relação ao mês anterior e de 1,7 ponto percentual em 12 meses.

Para empresas, a taxa de juros do crédito direcionado foi de 13,4% ao ano, marcando uma queda de 0,9 ponto percentual no mês e um aumento de 0,8 ponto percentual nos últimos 12 meses. Assim, a taxa média no crédito direcionado alcançou 12,4% ao ano, representando um aumento de 0,3 ponto percentual no mês e de 1,5 ponto percentual em 12 meses.

A taxa básica de juros da economia, a Selic, atingiu seu nível mais alto desde janeiro de 2017, fixada em 13,75% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). O aumento da taxa básica é uma estratégia para controlar a inflação, mas isso pode impactar o custo do crédito e desacelerar a economia.

Os juros do cartão de crédito foram destaque em maio, com um aumento de 1,6 ponto percentual no mês e 29,6 pontos percentuais em 12 meses, atingindo 106,2% ao ano. O crédito rotativo, utilizado quando os consumidores pagam menos que o valor integral da fatura do cartão e que tem duração de 30 dias, teve um aumento de 7,8 pontos percentuais de abril para maio, acumulando um aumento de 86,3 pontos percentuais em 12 meses, chegando a 455,1% ao ano. Após os 30 dias, as instituições financeiras parcelam a dívida e, neste caso, os juros caíram 6,2 pontos percentuais no mês, mas registraram um aumento de 21,6 pontos percentuais em 12 meses, alcançando 194,3% ao ano.

No cheque especial, houve uma redução de

0,1 ponto percentual em maio, acumulando uma queda de 18,4 pontos percentuais em 12 meses, chegando a 129,2% ao ano. A inadimplência, por sua vez, manteve-se estável em 2,2%.

O governo federal criticou a decisão de manter a Selic alta, com a alegação de que a política monetária restritiva prejudica o crescimento econômico. No entanto, o IPCA – que é o índice oficial de inflação – mostrou um aumento de 0,83% em maio e de 8,06% em 12 meses. Isso representa o maior aumento desde setembro de 2016, acima do teto da meta de inflação do governo, que é de 5,25%.

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