O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, lançou uma nova onda de desafios contra o Facebook, gerando agitação entre os investidores de Wall Street e resultando em quedas no valor de mercado da empresa controladora, Meta Platforms (META).
Na última quinta-feira (7), Donald Trump iniciou os ataques, rotulando o Facebook como “inimigo do povo”. A declaração levou a uma queda de mais de US$ 60 bilhões na avaliação de mercado da Meta desde então.
Os investidores reagiram negativamente na sexta-feira (8), quando as ações da Meta caíram 1,2% após Trump criticar a plataforma em uma postagem no Truth Social, uma plataforma em que ele é proprietário.
Na segunda-feira (11), a situação piorou ainda mais. Houve uma queda de aproximadamente 4% nas ações da Meta após Trump reiterar as críticas em uma entrevista à CNBC.
Analistas, como Gil Luria, da D.A. Davidson, apontam os comentários de Trump como o principal catalisador para essa venda massiva de ações da Meta. Luria ressaltou que o envolvimento do Facebook em debates políticos geralmente não é bem recebido pelo mercado.
Além disso, a reviravolta na posição de Trump em relação ao TikTok também está contribuindo para a turbulência. Ele recentemente se opôs à proibição do aplicativo, argumentando que isso poderia beneficiar o Facebook, com o qual ele tem um histórico contencioso.
Trump, cujas contas foram banidas do Facebook após o motim no Capitólio em janeiro de 2021, recuperou acesso às contas apenas em fevereiro de 2023.
Alerta
A queda nas ações da Meta alertou os investidores sobre a possibilidade de o Facebook se tornar um alvo político novamente, o que poderia dificultar futuras aquisições da empresa, como ocorreu com o Instagram e o WhatsApp.
Enquanto isso, Trump está envolvido em uma fusão controversa entre o proprietário do Truth Social, Trump Media & Technology Group, e outra empresa nos Estados Unidos.
Além disso, a Câmara dos Deputados dos EUA deve votar um projeto de lei relacionado ao TikTok nesta semana, o que poderia ter implicações significativas no cenário das mídias sociais e nas finanças corporativas nos próximos meses.
