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Covid-19 pode resultar em geração perdida de jovens, diz Banco Mundial

A pandemia de covid-19 afetou negativamente o desenvolvimento de milhões de crianças e jovens em países de baixa e média renda, conforme divulgado pelo Banco Mundial em 16 de fevereiro. A combinação de ensino remoto ineficiente, fechamento de escolas e insegurança alimentar comprometerá a produtividade na vida adulta.

De acordo com o relatório do Banco Mundial intitulado “Colapso e Recuperação: Como a Pandemia de Covid-19 Deteriorou o Capital Humano e o que Fazer a Respeito”, a falta de conhecimento em crianças com até 5 anos pode se traduzir em uma queda de 25% em seus ganhos na vida adulta. Nas crianças em idade escolar, a perda pode ser de até 10% dos rendimentos. A pandemia afetou o capital humano, definido como conhecimento, habilidades e saúde acumulados ao longo da vida.

O relatório também apontou que os índices de aprendizagem ainda estão muito abaixo do período pré-pandemia. As crianças em idade pré-escolar (até 4 anos) tiveram um desempenho 34% pior em linguagem e alfabetização e 29% pior em matemática, em comparação com 2019.

Essa deterioração também se reflete nas matrículas. No final de 2021, as matrículas em diversos países estavam mais de 10 pontos percentuais abaixo do observado antes da pandemia. As crianças em idade escolar (6 a 14 anos) perderam 32 dias de aprendizagem para cada 30 dias de fechamento das escolas. Isso porque os alunos não apenas deixaram de aprender, mas também esqueceram parte do que haviam aprendido.

O impacto é ainda maior nos países de média e baixa renda, que não conseguiram implementar políticas eficazes de ensino remoto. A insuficiência de aprendizagem aumentou, e agora, cerca de 70% das crianças de 10 anos não conseguem entender um texto básico. Quase 1 bilhão de crianças perdeu pelo menos um ano de ensino presencial e mais de 700 milhões perderam pelo menos um ano e meio nesses países.

Em relação aos jovens (15 a 24 anos), a covid-19 resultou em menos empregos e menores salários. No final de 2021, o nível absoluto de emprego juvenil se recuperou em relação ao período pré-pandemia, mas a recuperação não foi suficiente para incluir aqueles que acabaram de entrar no mercado de trabalho. Cerca de 40 milhões de pessoas que teriam empregos não fosse a pandemia estavam desempregadas.

Os rendimentos dos jovens caíram 15% em 2020 e 12% em 2021. O relatório estima que o impacto do desemprego ou empregos mal remunerados para aqueles que entram no mercado de trabalho possa durar até 10 anos, com remunerações em média 13% mais baixas. Segundo o Banco Mundial, as pessoas com menos de 25 anos hoje, que compõem a população mais afetada pela pandemia, representarão mais de 90% da força de trabalho ativa em

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