O Banco Central (BC) divulgou hoje em Brasília que a atividade econômica no Brasil sofreu uma desaceleração durante o segundo trimestre deste ano. Segundo os dados revelados, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) registrou um aumento de 0,43% entre abril e junho, em comparação com o trimestre anterior (janeiro a março), considerando os dados dessazonalizados, ou seja, ajustados para o período.
No primeiro trimestre deste ano, o crescimento econômico foi mais robusto, marcando 2,41% em relação ao trimestre anterior (outubro a dezembro de 2022).
Comparando o período de abril a junho de 2022, a alta no IBC-Br foi de 2,65%, sem ajustes, visto que a comparação envolve meses equivalentes.
No mês de junho de 2023, o índice IBC-Br teve um crescimento de 0,63%, atingindo a marca de 146,65 pontos. Ao comparar com o mesmo mês do ano anterior, foi notado um aumento de 2,10%, também sem considerar ajustes. No acumulado dos últimos 12 meses, o indicador se manteve positivo, marcando 3,35%.
O IBC-Br é uma ferramenta utilizada para analisar a evolução da atividade econômica do país, fornecendo subsídios ao BC para suas decisões acerca da taxa básica de juros, a Selic, atualmente estabelecida em 13,25% ao ano. O índice agrega informações sobre diversos setores da economia, incluindo indústria, comércio, serviços e agropecuária, além de considerar o volume de impostos.
A taxa Selic é o principal instrumento utilizado pelo BC para alcançar a meta de inflação. Quando o Comitê de Política Monetária (Copom) decide aumentar a taxa básica de juros, o objetivo é conter a demanda aquecida, uma medida que impacta os preços ao encarecer o crédito e incentivar a poupança. Assim, as taxas mais elevadas contribuem para reduzir a inflação, mas também podem apresentar obstáculos para o crescimento econômico.
