O governo do Pará oficializou na manhã desta sexta-feira, 17, em Belém, o grupo de trabalho responsável pela elaboração do Plano Estadual de Recuperação da Vegetação Nativa (PRVN) como parte do Programa Amazônia Agora. Com o objetivo de restaurar 5,4 milhões de hectares no estado até 2030, a Embrapa Amazônia Oriental atuará no grupo junto a diversas instituições e setores da sociedade.
Raul Protázio, secretário adjunto de Meio Ambiente do Estado do Pará, destacou que o plano de restauração se baseia em três eixos fundamentais: ciência de dados e monitoramento, cadeia de restauração com práticas e tecnologias, e subsídios às políticas públicas de mudanças climáticas e bioeconomia no Pará. A abordagem coletiva envolve instituições de pesquisa, setor produtivo, sociedade civil e representantes de povos tradicionais.
Walkymário Lemos, chefe-geral da Embrapa Amazônia Oriental, enfatizou a importância da ciência no desafio da restauração na Amazônia e a necessidade de trabalhar de forma coordenada com a agenda federal, incluindo o Plano Agricultura de Baixo Carbono (ABC+), Plano Nacional de Vegetação Nativa (Planaveg) e Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm).
Durante um evento no Museu Paraense Emílio Goeldi, profissionais de diversas áreas debateram o problema da degradação florestal na Amazônia. A pesquisadora Joice Ferreira defendeu uma abordagem integrada de restauração, combinada com a redução da degradação florestal.
O grupo de trabalho, criado pela Portaria Nº 391 de 13 de março de 2023 e liderado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), reúne representantes de diversas instituições. Com essa iniciativa, o Pará busca promover a restauração de sua vegetação nativa e enfrentar os desafios ambientais da região. O objetivo é assegurar um futuro mais sustentável para a Amazônia e para as comunidades que dependem dela.
