A classe média brasileira foi a maior beneficiada pela queda do custo da gasolina, estimulada pelos cortes de impostos que incidem sobre o combustível. Em contrapartida, os pobres sofrem mais com o aumento nos preços dos alimentos e, os ricos, com as passagens aéreas mais caras.
Os preços ao consumidor caíram 0,83% para a classe média em julho, ao passo que os mais pobres experimentaram uma queda mais modesta, de 0,34%. Os mais ricos ficaram no meio, com recuo de 0,42%. A queda mensal registrada pelo IPCA foi de 0,68%, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) – menor que a da classe média.
Diferença entre classes
Apesar da queda nos preços da gasolina, também motivada pelos reajustes às distribuidoras, o combustível acumula alta de 14,24% neste ano. Entretanto, o que mais prejudica os mais pobres é o aumento nos preços dos alimentos básicos, que consomem, em média, 29% do orçamento das famílias.
No ano passado, o leite se tornou 25% mais caro, além do ovo e do pão, cujos preços saltaram 19% e 17%, respectivamente. Desde 2019, ano de início do governo Bolsonaro, óleo de soja, feijão carioca e batata inglesa passaram a custar mais que o dobro do preço antigo, sendo que o líder do ranking ultrapassou os 183% de aumento.
Por outro lado, os mais ricos gastam apenas 13% do orçamento com alimentação. O vilão do bolso é o custo com transportes, que respondem por 28% da renda das classes mais altas – e 14% das mais pobres. Dentre eles, está a passagem de avião, que ficou 122,4% mais cara nos 12 meses encerrados em junho de 2022.
A informação é do Yahoo Finanças.