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Quem é o consultor de governança familiar? – Por Aleteia Lopes

Especialista em gestão de empresas familiares

*Coluna por Aletéia Lopes, 04/07/2022

Apesar deste trabalho ser extremamente importante para todas as famílias empresariais e até mesmo urgente para boa parte delas, uma atuação bem-sucedida neste serviço exige ampla e constante formação por parte do(a) consultor(a).

Há muita gente querendo se aventurar nesta área porque acha que é um bom nicho, mas só olha do ponto de vista mercadológico, financeiro, de oportunidades. Porém é uma área delicada e perigosa para se arriscar com um profissional que não é especializado. Delicada porque se o profissional não tiver uma preparação real para conduzir um processo de governança familiar, ele vai prejudicar ainda mais a situação. E perigosa porque ele está se propondo a fazer um procedimento cirúrgico no coração das empresas familiares. Em um procedimento de alto risco, um ato mal pensado pode levar o paciente – no caso a família – ao óbito.

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O(A) profissional a ser buscado(a) para esse fim, precisa somar dois conhecimentos prioritários:

  •         Conhecimento de negócios, falar a linguagem do empresário e entender o universo no qual ele vive; e,
  •         A sensibilidade de uma escuta ativa, e para isso é preciso ter conhecimento da área comportamental. De preferência com visão sistêmica da família e suas relações e com conhecimento de metodologias ligadas ao comportamento humano. Relacionando isso através da interação da família com o negócio.

É bem provável que o consultor use muito mais os conhecimentos de terapia familiar sistêmica na prática da implantação da governança do que propriamente o olhar sobre negócios, embora ter esse conhecimento seja muito necessário.

Um dos pontos que vai determinar o sucesso deste trabalho com famílias empresariais é o equilíbrio entre estas duas áreas. Se por um lado, o consultor só olhar para as questões empresariais, não terá a sensibilidade suficiente para resolver as questões familiares e de alguns membros da família. E se por outro não atentar para as questões empresariais pode não ser considerado relevante principalmente pelo fundador.

Então, buscar profissionais de Governança Familiar que entendam o universo cognitivo e emocional de um empresário é de suma importância. Na maioria das vezes, o empresário é bem realista, racional e objetivo, e na maior parte do tempo ele está pensando em “business, business and business”. Então, se o consultor ou consultora não falar a linguagem dos negócios com ele, simplesmente não haverá comunicação suficiente e efetiva.

Muitas vezes o que está prejudicando os negócios é algo tão comportamental que se o profissional tiver um olhar puramente empresarial sobre o negócio, não vai alcançar essa visão do “não dito”, do transgeracional. Um profissional, para tratar a questão de uma forma eficaz, realmente precisa ter estes dois olhares: para a empresa e para a família, além de saber ler as entrelinhas existentes nas comunicações verbais e não verbais existentes dentro das relações família e empresa.

**Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do ENB.

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