O número de mulheres assalariadas caiu 2,9%, enquanto o número de homens na mesma situação teve queda de 0,9%.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) realizou uma pesquisa que apontou que, no mercado de trabalho, o público feminino foi o mais afetado quando o assunto foi a perda de postos de trabalho durante a pandemia de Covid-19.
De acordo com o indicativo, cerca de 71% dos trabalhos encerrados eram ocupados por mulheres. Assim, nos anos de 2019 e 2020, foi registrado um total de 825,3 mil trabalhos perdidos. Os dados são do Cadastro Central de Empresas (Cempre), divulgado nesta quinta-feira (23), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Segundo a pesquisa, o número de mulheres assalariadas caiu 2,9%, enquanto o número de homens na mesma situação teve queda de 0,9%. Com isso, pela primeira vez desde 2009, houve queda na participação feminina no pessoal ocupado assalariado, de 44,8% em 2019 para 44,3% em 2020, o menor nível desde 2016.
De acordo com o gerente da pesquisa, Thiego Ferreira, os setores da economia que historicamente empregam mais homens tiveram aumento de pessoal em 2020, enquanto aqueles que ocupam mais mulheres se retraíram. Foi o que aconteceu, por exemplo, com Educação, composto majoritariamente por mulheres (66,9% do total), que perdeu 1,6% do seu pessoal assalariado. Já na construção, setor em que 90,6% dos ocupados são homens, houve aumento de 4,3% no número de assalariados. A informação foi comunicada pelo portal do IBGE.