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O destino das empresas – Por Luís Henrique Alencar

*Coluna por Luís Henrique Alencar, 23/06/2022

No final do ano de 2021 foi publicado, pelo IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o estudo Demografia das Empresas que tem por objetivo analisar alguns aspectos do padrão demográfico das empresas formais brasileiras, em particular, os seus movimentos

de entrada, saída e sobrevivência do mercado. A análise dos resultados apresenta as taxas de entrada, saída e sobrevivência, segundo o porte e a atividade econômica das empresas, a evolução da sobrevivência, até 2019, daquelas nascidas em 2014, a mobilidade, por porte, das sobreviventes desde 2012, bem como a dinâmica de entrada e saída de unidades locais das empresas sobreviventes, e avalia os resultados regionais, inclusive como evoluiu, por Unidades da Federação, a sobrevivência, até 2019, das unidades locais nascidas em 2009.

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O resultado geral foi espantoso, embora no último ano tenha havido um crescimento na quantidade de empresas entrantes. O estudo aponta que a taxa de sobrevivência após 1 ano de funcionamento das empresas criadas em 2014 foi de 77,2%, 64,9% após 2 anos, 54,8% após 3 anos, 46,3% após 4 anos e 37,86 após 5 anos, em 2019. Por consequência, esse é um dado muito preocupante, tendo em vista que até 2019 não havia o cenário pandêmico, temos que a taxa de mortalidade das empresas no seu quinto ano de vida é de 62,4%. Ou seja, de cada 100 empresas criadas em 2014, 62,4 não sobreviveram até o quinto ano de vida, em 2019. Esse é um número assustador, não acha?

Depois de ver esses números, consegue perceber o tamanho da responsabilidade que você tem para com o seu negócio, para com as famílias que emprega, para com os seus sonhos? Para que sua empresa não aumente as estatísticas de mortalidade das empresas, vou listar, a seguir, as principais causas de tanta falência, de acordo com pesquisas realizadas por estudiosos.

  1.       Falta de planejamento

Planejar o negócio é ter visão de futuro, é conseguir enxergar onde a empresa vai estar daqui a X anos, é fazer orçamento de lucro para traçar as metas de vendas e gastos. É pensar o negócio estrategicamente, é saber para quem seu negócio existe, é saber qual o problema que o seu negócio resolve.

Não planejar quer dizer que sua empresa e você trabalham somente para pagar as contas. Quer dizer que você só pensa no hoje, que não vê seu negócio futurando.

  1.       Desperdício financeiro

Juridicamente falando, você e sua empresa são duas pessoas COMPLETAMENTE diferentes, uma física e outra jurídica. Porém, a maioria dos empresários falha ao pensar: “se a empresa é minha, então o dinheiro dela é meu”. A maioria dos empresários faz uso do dinheiro da empresa como se fosse seu e esse é um grande responsável pela falência das empresas.

Compreende que assim como você, sua empresa tem as obrigações e responsabilidades dela? Assim como você tem que pagar aluguel, parcela de carro, mensalidade da escolha do filho, a empresa precisa honrar com suas responsabilidades: funcionários, fornecedores, impostos etc.

Novamente, você poderia me perguntar: “mas Luís, com esse valor eu não consigo pagar minhas contas”. É exatamente esse o grande perigo, os empresários que serão os responsáveis pelas mortes de suas empresas têm padrões de vida incompatíveis com o que a empresa pode pagá-los.

Uma outra pergunta que você pode se fazer é: “mas Luís e o lucro, o valor que eu receber a mais da minha empresa não é o lucro?”. Aqui estamos beirando uma outra grande causa das falências, e você vai ver como tudo faz sentido.

  1.       As empresas não sabem se estão dando lucro ou prejuízo

Muitos empreendedores (espero que você não esteja nesta estatística) sequer sabem se suas empresas dão lucro ou prejuízo. E por não saberem tomar decisões, muitas vezes, equivocadas, prejudicam seus negócios.

Você, empresário, DEVE (eu disse: DEVE!) saber, na “ponta da língua”, o resultado da sua empresa. Quanto foi o lucro ou prejuízo, quais fatores e decisões contribuíram para tal resultado etc. Isso é gestão! Isso é GESTÃO DE LUCROS.

Convido você a refletir sobre como você, empresário, trata sua empresa. Seja verdadeiro e honesto na sua reflexão: a sua empresa está trilhando algum dos três caminhos para a falência.

**Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do ENB

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