Preço do ouro aquece mercado de joias de segunda mão

(Foto: RODNAE Productions/Pexels)

Para os consumidores, as joias pessoais passaram a ser vistas como ativos por um número maior de pessoas em tempos de crise, seja para investimento ou para saldar dívidas. A citação do dólar influencia diretamente na cotação do metal, fazendo com que o cenário seja atrativo e com a grama do ouro superando R$ 300 neste mês, especialistas dizem que tem impulsionado o mercado de peças de segunda mão no Brasil.

Avner Itshak Mazuz, CEO da Vecchio Joalheiros, explica que a compra e venda acabou ganhando ainda mais força com a média de valor que o ouro alcançou durante a pandemia. Antes deste período, o valor médio para a grama do ouro estava em R$150 e, atualmente, este valor dobrou, alcançando R$ 300, considerado também como commodity. O dólar, principal parâmetro para negociações no mundo inteiro, também apresentou grande aumento durante a pandemia, saltando de R$ 4,50 para o valor atual médio de R$ 5,20 demonstrando crescimento de mais de 15,5%.

“Com esses índices, o momento é favorável, para boas negociações. O valor da grama, entretanto, não é o único item que pesa na hora da compra ou venda. Existem outros, como a raridade, a coleção, acompanhar pedras preciosas ou não. Este movimento impulsiona algo além dos negócios, como o fortalecimento da cultura second hand”, explica o executivo.

Neste ano, a Vecchio avalia que a procura por serviços de compra de joias já subiu em 45% e crescimento para venda em 26%, enquanto o setor de joias e metais preciosos no Brasil movimentou US$ 146,38 milhões em exportações, segundo dados divulgados pelo MDIC. Já o faturamento do mercado brasileiro de joias, no ano de 2021, teve aumento de 20% comparado ao ano de 2020, atingindo a marca de US$ 4,5 bilhões faturados, segundo o Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos (IBGM).

Sustentabilidade

Segundo dados divulgados pela entidade internacional, World Gold Council, com relação aos números do setor para o primeiro trimestre de 2022, o mercado do ouro iniciou o ano de forma “sólida”. Outro dado importante divulgado pela entidade foi que a oferta do ouro reciclado aumentou em 15% no comparativo com o ano passado, significando que este primeiro trimestre de 2022 foi o mais forte no período de 6 anos, para a atividade de reciclagem do ouro.

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