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A indústria da Moda e o Fast Fashion: Seus impactos ambientais – Por Mônica Albuquerque

*Coluna por Mônica Albuquerque, 26/03/2022

O termo Fast Fashion significa moda rápida, e foi criado para designar o desenvolvimento constante de peças comercializadas no varejo de moda. É sobre esse modelo de produção rápida na indústria da moda que vamos tratar nesse artigo.

Vivemos na era do consumo desenfreado, o que por vezes, acaba gerando uma ‘cegueira geral’, haja vista que, aquilo que não vemos ou desconhecemos, não sentimos. Ou seja, poucos sabem sobre os processos que envolvem uma peça de roupa até chegar na arara de uma loja. Muitos de nós não queremos saber a origem daquela roupa, calçado ou acessório, que levamos para casa, ou então, como cada um foi desenvolvido. Muitas das vezes o quesito ‘preço’ é a única preocupação.

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Indústria da Moda

Saiba que, todo e qualquer processo produtivo na indústria da moda, que é o nosso foco, consome recursos naturais e humanos de maneira excessiva.

Se observamos o mercado de moda, vemos uma concorrência acirrada, e para se manter no mercado, muitas empresas tentam concorrer com preços baixos. Porém, para conseguir manter preços baixos, é necessário uma mão-de-obra de baixo custo, ou então, uma tecnologia de ponta pra substituir o trabalho humano e conseguir produzir em grande escala.

Além de usar os recurso naturais e poluir o meio ambiente, são produzidos anualmente na indústria da moda, toneladas de resíduos que vão parar em aterros, tendo em vista as frequentes coleções que são lançadas pelas marcas e com ciclo de vida cada vez menores, uma das principais características da moda: a efemeridade. 

Para ter uma noção, segundo o relatório da empresa Ellen MacArthur Foundation, cuja visão é um sistema econômico melhor para as pessoas e o mundo, anualmente se perde em torno de US$ 500 bilhões com descartes de roupas em lixões. E ainda, 25% de tudo o que se produz nesse setor vira lixo e praticamente nada é reaproveitado

Impacto ambiental com o modelo fast fashion

Na década de 90 surgiu o conceito de fast fashion com o intuito de suprir a necessidade do consumidor, em um mercado cada vez mais consumista e ávido por novidades. Vemos no setor da moda, uma economia em expansão e um mercado global que influencia não só o consumo, como também gera necessidades e desejos. E esse consumo excessivo, por sua vez, move o modelo fast fashion  (moda rápida), que reproduz  coleções, que em sua grande maioria, são copiadas de grandes marcas, numa velocidade muito grande e com baixo custo.

Foto: Freepik.

De acordo com a Forbes, enquanto as peças fast fashion são utilizadas menos de cinco vezes por um indivíduo (geram 400% mais emissões de carbono do que marcas slow fashion), enquanto as roupas de marcas que tem uma proposta slow fashion, são utilizadas umas 50 vezes, uma diferença realmente gritante.

Como reflexão, deixo aqui a seguinte frase do autor Enrico Cietta, que tive o prazer de conhecer pessoalmente aqui em Fortaleza, no lançamento do seu livro – A Economia da Moda (p. 430) e que na ocasião me presenteou com seu livro:

“Não devemos criar uma moda sustentável, mas sim tornar sustentável a moda.”

Ele traz uma visão extraordinária e inovadora sobre o fast fashion, sob a ótica de um economista. Segundo Cietta “o fast fashion era uma forma de organizar o próprio negócio com base em uma leitura diferente da realidade e do mercado, um modo de responder a mudanças estruturais dos consumidores e do seu modo de consumir.”

Grande abraço e até a próxima semana!

**Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do ENB.

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