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Do menor para o maior – Por Luís Henrique Alencar

*Coluna por Luís Henrique Alencar, 25/03/2022

Reflitamos nas seguintes situações: como um gestor de uma mega indústria decide por produzir um produto em detrimento de outro, mesmo sem escassez de recurso? Como um gestor de uma prestadora de serviço decide por manter ou demitir um cliente? Ou, com um gestor de uma grande rede varejista decide por realizar uma oferta de um determinado produto ou outro? Para muitos a resposta seja feeling ou, até mesmo, afinidade, para outros algo sobrenatural, mas para todos a resposta está nos números.

Ao longo dos anos, observei que relatório mais analisado pelos tomadores de decisão é a DRE – Demonstração do Resultado do Exercício, aquele relatório que é possível ver se a empresa auferiu lucro ou prejuízo.

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Na DRE é possível enxergar as 3 fases do lucro. O lucro depois de realizar a venda e transferir o produto ou prestar o serviço, chamado de lucro bruto, o lucro depois das operações comerciais, de marketing e administração da empresa, chamado de lucro operacional e o lucro líquido, após descontados ou somados movimentos que não são inerentes ao corebusiness do negócio.

Por essa análise, é possível perceber o caminhar da empresa, é possível ter uma visão por cima do negócio, é possível tomar algumas decisões. Digo algumas, pois a DRE nada mais é do que a soma de todos os movimentos classificados e ordenados pelo plano de contas. Aqui a primeira reflexão: um plano de contas pensado, planejado, alinhado as diretrizes da empresa, faz toda a diferença para a coleção das informações.

Seguindo, como disse, a DRE é a soma dos movimentos do período, logo não é possível enxergar, analisar no detalhe, por exemplo, o resultado individual de um produto. Aqui a segunda reflexão: é necessário sim, para uma gestão completa, analisar o resultado de cada produto, ou unidade de negócio, ou filial, com a finalidade de mantê-lo ativo ou não.

Quando se tem análise por produto ou serviço, as empresas a fazem pela margem de contribuição, que é a diferença entre o preço e os gastos variáveis. Diga-se de passagem, é um excelente indicador para quando se tem demanda, mas com escassez de oferta, notadamente de recursos, sejam materiais ou humanos.

A grande provocação desta coluna é chamar atenção para a análise do custo unitário total do produto ou serviço e não somente para os custos variáveis unitários. E qual a razão dessa provocação? Simples: decidir por produzir 1000 unidades a mais, por exemplo, ou reduzir o volume da operação, passa pela análise da utilização da capacidade produtiva que, por sua vez, impacta diretamente o custo unitário do produto, por consequência, a sua margem de lucro unitária, e, não sem razão, a margem de lucro do negócio. Note, quanto mais próximo do nível máximo de capacidade produtiva estiver o volume de produção ou execução da empresa, mais diluído serão os custos fixos unitários e suas margens de lucros serão aumentadas.

Com este entendimento concluímos que quando analisado do menor para o maior, ou seja, da margem de lucro do produto para a margem de lucro da empresa, as variações são mais bem explicadas e, para as deficiências evidenciadas, a solução é encontrada. Como tudo na vida: causa e efeito.

**Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do ENB.

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