A guerra na Ucrânia deve inviabilizar as negociações para a comercialização de 12 aeronaves Super Tucano da Embraer para a Força Aérea ucraniana. O negócio era avaliado em 300 milhões de dólares, cerca de 1,5 bilhão de reais. Seria o primeiro fornecimento do modelo para a Europa.
Conforme publicado pelo O Antagonista, além das restrições enfrentadas por Kiev em pleno cerco russo, fontes diplomáticas informaram ao portal que a postura do presidente Jair Bolsonaro a favor de Vladimir Putin pode ter inviabilizado uma futura retomada das tentativas sobre o negócio com o atual governo.
Entenda
Em 2019, num encontro com Bolsonaro em Tóquio, Zelensky manifestou o interesse de comprar as aeronaves para uso, justamente, nas províncias separatistas de Luhansk e Donetsk, no leste do Donbas. As tratativas avançaram bem avançadas e a Embraer, no ano passado, levou o Super Tucano para apresentação em um feira aeronáutica em Kiev.
Os ucranianos, inclusive, chegaram a formalizar a intenção da compra através de uma carta enviada por meio da sua embaixada no Brasil ao governo brasileiro.
As negociações incluíam a possível venda também do cargueiro KC-390.
A aeronave
O Embraer EMB-314 “Super Tucano” é uma aeronave turboélice de ataque leve e treinamento avançado, que incorpora os últimos avanços em aviônicos e armamentos. Concebido para atender aos requisitos operacionais da Força Aérea Brasileira (FAB) para uma aeronave de ataque tático, capaz de operar na Amazônia brasileira em proveito do projeto Sipam/Sivam, e de treinador inicial para pilotos de caça.