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Tendências em inovação e tecnologia para ficar de olho em 2022 – Por Marcos Hirano

*Coluna de Marcos Hirano, 21/02/2022

Muitas tecnologias em desenvolvimento podem ter potencial de mudar a maneira como vivemos e fazemos negócios. Mas quais são aquelas a que devemos prestar atenção ao longo de 2022?

Olá, caros leitores da ENB. É com imensa satisfação que inicio a minha colaboração como colunista deste Portal para falarmos sobre Inovação. E para esse artigo de estreia, investi algum tempo refletindo sobre qual seria um tema interessante para ser abordado. Então, vamos nós! Espero que goste e lhe seja útil. Boa leitura!

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Todos os anos, diversas organizações nacionais e globais acompanham e analisam o mercado e elaboram suas listas com as tecnologias que consideram chave para os negócios. Trago aqui uma coletânea de algumas que merecem uma atenção especial em 2022 para que você possa confrontar com o que tem visto e aprimorar suas análises sobre oportunidades e ameaças em seu setor de atuação.

Metaverso

Essa é uma das buzzwords¹ mais quentes do momento, que apesar de não ser exatamente uma novidade, gerou frisson depois que o Facebook anunciou seu novo posicionamento estratégico como Meta.

Mas o que é o metaverso afinal? Trata-se de um universo virtual criado pela combinação de diferentes tecnologias e plataformas, baseadas em tecnologias de realidade virtual e aumentada, que permite uma integração maior e mais fluida entre os mundos físico e digital.

Esta “realidade estendida” é apontada como a próxima evolução da internet, na web3, e deverá tornar ainda mais difusa a fronteira entre as vidas física e digital. Pense por exemplo em um festival online de música, onde os participantes podem adquirir experiências, bens e serviços virtuais usando dinheiro real, para serem consumidos por seus avatares². E já tem gente fazendo dinheiro, por exemplo, criando e vendendo skins³ para personalização desses avatares. E é nessa onda que grandes marcas e até mesmo personalidades vêm realizando experiências em alguns mundos virtuais principalmente os de jogos online, populares entre os jovens.

Enfim, o tema é amplo e há muito o que explorar. Prometo que em breve teremos um artigo exclusivo.

Culturas autofertilizantes

Prover alimentos para uma população mundial em crescimento demanda o uso intensivo de fertilizantes. Algo como 110 milhões de toneladas de nitrogênio por ano são usados na produção agrícola global, de acordo com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura. Isso representa de 1% a 2% das emissões globais de dióxido de carbono (CO2).

Mas plantas como soja e feijão, da família das leguminosas, que também inclui ervilhas e lentilhas, usam uma “maneira inteligente” para produzir seu próprio nitrogênio, componente necessário para a fotossíntese, em simbiose com bactérias conhecidas como fixadores de nitrogênio, que capturam o gás presente no ar e o converte em amônia, uma forma de nitrogênio que as plantas conseguem absorver através de suas raízes.

Um grupo de pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) tem focado seus esforços em replicar essa mesma condição para outras espécies como milho, trigo e arroz.

Casas impressas em 3D

Alimentar materiais como concreto, areia e plásticos em uma enorme impressora 3D para imprimir casas é um “método de construção relativamente simples e de baixo custo”, de acordo com o Fórum Econômico Mundial.

Mas a falta de infraestrutura para transportar materiais impediu o uso da impressão 3D para as regiões remotas e emergentes, onde a tecnologia poderia ter maior impacto. Isso pode mudar se mais empresas seguirem o exemplo da italiana 3D WASP, que demonstrou como imprimir componentes de habitações usando materiais locais, como solo argiloso.

Transporte de baixo carbono

Hoje 2% ou menos das frotas de transporte rodoviário produzem zero emissões. Mas como resultado do transporte a granel – tanto ferroviário quanto marítimo – surgiram soluções de baixo carbono, diz Bernard S. Meyerson, diretor de inovação emérito da IBM e vice-presidente do grupo de direção das 10 principais tecnologias emergentes.

Isso inclui um trem de passageiros movido a hidrogênio, sem emissões de CO2, o Coradia iLint, e o desenvolvimento de combustíveis alternativos para transporte marítimo, como amônia verde, um gás livre de carbono produzido com energia renovável.

E nesse caminho o Ceará tem destaque, com o anúncio no final de 2021 da primeira usina de hidrogênio verde do Brasil, que deve entrar em operação ainda em 2022, instalada no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP), com capacidade de 3 MW.

Privacidade e propriedade de dados

Com o contínuo avanço do debate sobre privacidade e propriedade de dados, os cookies estão com os dias contados. Proprietários de iPhone já devem ter notado que sempre que um novo aplicativo é instalado, o iOS pede permissão sobre o rastreamento de uso. O Google já anunciou que o suporte a cookies de terceiros será desativado no Chrome até 2023. E até mesmo o Facebook, que sofreu no início desse ano uma perda líquida de usuários pela primeira vez em sua história, também já anunciou que buscam alternativas para veicular anúncios sem a utilização de dados pessoais. Então se você ou seu negócio dependem de anúncios nas plataformas online, é bom ficar ligado e buscar alternativas para chegar até o seu consumidor como parte da sua estratégia digital.

Influenciadores digitais

Esse é um mercado da ordem de bilhões de dólares. E quando falamos dos influenciadores digitais, é impressionante como as celebridades arrastam milhões de seguidores ávidos por acompanhar o dia a dia dos seus artistas preferidos. Entretanto, em termos de engajamento, apresentam as menores taxas se comparado com os nanoinfluenciadores, usuários com até 5 mil seguidores, e os microinfluenciadores, aqueles que possuem entre 5 e 20 mil seguidores. O que pode explicar esse fenômeno é que os nano e microinfluenciadores favorecem uma comunicação mais nichada. Apesar dos famosos possuírem milhões de fãs em suas redes, dada a maior diversidade e consequentemente menor segmentação de perfis, a comunicação acaba se tornando mais massificada.

Pagamentos digitais

Um dos poucos setores que se beneficiou com o isolamento social imposto pela pandemia foi o do comércio eletrônico. E os meios de pagamento digital surfaram de carona nessa onda. Um estudo da Mastercard revelou que 77% dos entrevistados brasileiros testaram uma nova forma de pagamento online, o que não teriam feito se não houvesse as restrições de mobilidade que experimentamos recentemente. E 83% afirmaram estarem mais abertos para novas formas de pagamento, em comparação ao ano anterior.

Há 5 anos, dados do Radar FintechLab indicavam a existência de 244 fintechs no Brasil. No final de 2021 um levantamento da Fincatch, plataforma que avalia empresas desse setor, atualizou o número para 1.466. Um crescimento superior a 600% no período. E o Brasil é líder no setor na América Latina com nomes de peso como Nubank, Brex, Stone, Ebanx, C6 Bank e Mercado Bitcoin, que se tornaram unicórnios nos últimos anos, com valor de mercado superior a 1 bilhão de dólares.

Smartphones irão acabar com as maquininhas?

A Apple anunciou na semana passada o plano de introduzir o serviço Tap to Pay nos iPhones, o que significa que usuários do smartphone da maçã terão à sua disposição a possibilidade de receber pagamentos com segurança via Apple Pay, cartões de débito ou crédito por aproximação (contact less) diretamente de seus aparelhos (a partir do iPhone X), sem a necessidade de qualquer outro dispositivo ou terminal de recebimento. A funcionalidade estará disponível para desenvolvedores implementarem em seus apps em breve e deve também acabar sendo adotado por smartphones, já que a novidade funciona por meio da tecnologia NFC, também presente em modelos de outros fabricantes.

E aí, o que achou dessa lista? Sentiu falta de alguma tecnologia ou tendência? Comente, participe. E mande sugestões de pautas.

*1 –  Palavras ou termos que se popularizam, mas poucos realmente compreendem seus significados, o que acaba gerando distorções e confusões

*2 – Figura que representa a pessoa no mundo virtual. O termo foi emprestado da religião hindu, onde significa uma manifestação corporal de um ser superpoderoso. Em outras religiões o termo também é utilizado para lembrar a encarnação de outras divindades

*3 – Produtos virtuais utilizados para personalização de avatares

**Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do ENB.

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