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Curta análise sobre o longa “Não olhe para cima” – Por Jeane Meire

O filme é uma crítica ao modo como os políticos e a mídia tratam a ciência. A obra trata o negacionismo científico de forma humorada e que resulta na destruição do mundo. (Imagem: Cartaz de Divulgação)
O filme é uma crítica ao modo como os políticos e a mídia tratam a ciência. A obra trata o negacionismo científico de forma humorada e que resulta na destruição do mundo. (Imagem: Cartaz de Divulgação)
*Coluna Por Jeane Meire – 08/01/22

Informações técnicas

Orçamento: 75 milhões USD

O filme “Não Olhe para Cima” (Don’t Loop Up, no original), produzido pela Netflix, acumulou 152 milhões de visualizações de 27 de dezembro de 2021 a 2 de janeiro de 2022, batendo o recorde semanal de horas assistidas da plataforma.

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Na contabilização total de visualizações do serviço de streaming, “Não Olhe para Cima” aparece na 3ª colocação geral em horas vistas, atrás das produções “Bird Box” (2018), com Sandra Bullock,  e “Alerta Vermelho”, estrelado por Dwayne “The Rock” Johnson.

Análise

Apesar das comparações, inclusive com a realidade do Brasil, Não Olhe para Cima foi escrito antes da pandemia. A crítica principal seria à falta de atenção planetária com problemas climáticos, como o aquecimento global por exemplo. Diz-se dos críticos brasileiros que as críticas do longa não são efetivas. A maioria das pessoas gosta, talvez porque se identificam com algo ou alguma coisa. O filme é um caos de informações que seguem sendo interpretadas de maneira individual. Talvez por isso a crítica geral dele não se efetive. 

Mas uma das grandes belezas dos filmes é a capacidade atemporal de se encaixar em todos os tempos, inclusive na crise sanitária mundial, e seria o negacionismo o zeitgeist da nossa época? É difícil identificar um só sintoma para todas as doenças que assolam a humanidade. Vamos voltar ao filme…

Os astrônomos Randall Mindy (DiCaprio) e Kate Dibiasky (Jennifer) fazem a descoberta surpreendente de que há um cometa orbitando o sistema solar e vindo em direção à Terra. Com o auxílio do doutor Oglethorpe (Rob Morgan), a dupla de pesquisadores pretende ir à mídia e acaba no escritório da presidente Orlean (Meryl Streep) e de seu filho, Jason (Jonah Hill). Restam seis meses para o choque, o que demandaria gerenciar as notícias o tempo todo e ganhar a atenção do público obcecado pelas redes sociais. 

Um fato curioso são as opiniões antagônicas sobre o filme, desde “comédia pastelão” a “não conseguiu me tirar nenhuma risada”. Ou ainda o filme ser sobre o negacionismo de que a vacina mata pessoas e, ao mesmo tempo, ser sobre o negacionismo da vacinação para salvar vidas. Mas o vencedor foi alguém, em algum comentário de twitter ou facebook, que disse ser sobre a volta de Jesus quando estão todos ignorando. Diz-se que os amigos que assistiram saíram para fora e fizeram um círculo, dando as costas uns aos outros, olharam para cima e cada um viu uma coisa diferente. Seria cômico se não fosse trágico.

O filme é sobre a mídia, a política, o jornalismo científico, os cientistas, as redes sociais, o vazio, a inércia dos cidadãos ante problemas globais enquanto “dão palco” para showbusiness, sobre deixar tragédias acontecerem e lucrar em cima delas, sobre o empreendedorismo selvagem, sobre os conchaves e sobre pegar coisas que são gratuitas e cobrar por elas(observem a analogia da natureza em cima disso). É sobre rir da nossa estupidez humana em tempos onde todo mundo acha que está certo. Seria trágico se não fosse cômico. O filme tirou algumas risadas minhas.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do ENB.

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