O sobrenome Guinle representa uma família tradicional da elite financeira e social carioca desde o século XIX, quando o seu patriarca, o empresário gaúcho Eduardo Pallasim Guinle, fundou ao lado de Francisco de Paula Ribeiro e Cândido Gaffrée a Companhia Docas de Santos.
Graças a amizades e influências no círculo do poder, os Guinle foram os vencedores de uma concessão de 90 anos para modernizar o Porto de Santos em lá em 1888. Mesmo sem experiência alguma no ramo, conseguiram empréstimos bancários suficientes para dar partida à modernização do Porto que os tornou bilionários. Com a morte de Eduardo Guinle, em 1912, os negócios foram assumidos por Guilherme Guinle que aumentou ainda mais a fortuna investindo em áreas de produção e distribuição de energia elétrica, imobiliárias, indústria têxtil, bancos, construção civil e hotelaria.
Pelos cálculos do historiador Clóvis Bulcão, autor do livro Os Guinle (editora Intrínseca, 2015), no auge do movimento do Porto de Santos, o patrimônio da família era o equivalente ao que hoje seriam US$ 24 bilhões.
Agora, 80 anos depois, os herdeiros da família Guinle travam batalha judicial para reaver o terreno ou uma indenização bilionária por desvio na finalidade da doação feita ao governador federal para o uso da área que hoje está instalado o aeroporto de Guarulhos, o maior da América do Sul.
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