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Sucessão na empresa familiar: Caminhos para a perpetuação do negócio – Por Aletéia Lopes

Gestão de empresa familiar e conflitos

*Por Aletéia Lopes

As empresas familiares sofrem de um grande problema no que tange a sua perpetuação, que é não saber realizar de forma profissional um bom processo sucessório. Na maioria das vezes, a sucessão é feita sem planejamento, mal-conduzida e com muito envolvimento emocional. Confundem a estrutura familiar, onde o cerne está na busca da satisfação pessoal com a necessidade da estrutura empresarial que tem como foco atingir metas e resultados.

Para se realizar um processo sucessório bem planejado, o primeiro passo é entender que a sucessão não é um evento solto, mas um processo que exige organização de longo prazo, disciplina e profissionalismo na sua condução. As regras precisam ser preestabelecidas de preferência com uma certa antecedência para ter neutralidade e confiabilidade; além disso a escolha do futuro líder deve ser realizada por mérito e de forma democrática.

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É importante que nessa preparação do processo sucessório, seja traçado o histórico dos candidatos com análise de perfil realizado por uma empresa contratada que ajudará no acompanhamento do plano de desenvolvimento individual de forma imparcial. Todos os candidatos ao processo de sucessão precisam ser capacitados e desenvolvidos, pois aqueles que não se tornarem sucessores podem contribuir tanto em outras funções executivas, como em função de conselheiros. Dentro desse processo é fundamental a criação de um comitê de sucessão composto por diretores da empresa e consultores independentes para garantir a idoneidade de todas as etapas.

Os candidatos à sucessão devem possuir formação compatível com os negócios da empresa familiar, além de treinamentos e experiência apropriada para a função de liderança, pois precisam tomar decisões, saber delegar e ter coragem para enfrentar questões difíceis e complexas. Ser líder é compartilhar com todos a glória das conquistas, mas muitas vezes, assumir sozinho a responsabilidade do que deu errado.

Não podemos deixar de tratar um outro pilar que é fundamental para que o processo de sucessão possa acontecer com êxito que é a preparação do sucedido, pois para que a sucessão aconteça de fato, é necessário que o sucedido queira realmente passar o bastão e assumir um novo papel dentro ou fora dos negócios familiares. No entanto, na prática muitos sucedidos não conseguem passar o bastão por medo de perder a identidade social, de ficar invisível e até mesmo de arriscar todo o patrimônio que construiu ao longo do tempo.

Portanto, um processo de sucessão profissional, deve iniciar desde cedo através de um projeto de formação com os herdeiros jovens, a implantação da Governança Familiar com definição de regras e normas de convivência para minimizar possíveis conflitos e principalmente um programa bem planejado de preparação de sucessores.

Para finalizar, alguns questionamentos são fundamentais para entender se o processo de sucessão está sendo realizado de forma adequada:

  • Sua empresa possui uma governança familiar implantada com regras e normas de convivência familiar bem estruturadas e conhecidas por todos os membros da família?

  • Os executivos familiares estão sendo preparados e desenvolvidos para serem futuros líderes?

  • Os herdeiros estão sendo preparados desde cedo para se aproximar e conhecer os negócios familiares?

  • O sucedido possui um plano de transição de carreira?

Se dos três questionamentos, dois foram respondidos negativamente, será necessário rever o processo de sucessão e buscar orientação adequada. Afinal, o primeiro passo para a sucessão da empresa familiar é a tomada de consciência do valor de que um bom planejamento sucessório é essencial para garantir a longevidade dos negócios e a harmonia da família.

*Aletéia é escritora e diretora da HerdArs com experiência em projetos de governança para Famílias Empresárias e formação de Herdeiros/Sucessores. Mentora estratégica de executivos familiares e mediadora de conflitos. Graduada em Serviço Social, com formação em Mentoring, Coaching, Constelação Sistêmica e Terapia Familiar. Membro do Instituto Brasileiro de Governança corporativa – IBGC/Ce. Diretora de Governança da Câmara de Comércio e Indústria Brasil e Alemanha no Ceará – CCIBAC.

*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do ENB.

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