O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (EMBRAPII) assinam acordo que destina R$ 170 milhões a projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) de empresas nacionais.
Serão contempladas soluções inovadoras na área de transformação digital, defesa, novos materiais, bem como quatro temas relacionados à sustentabilidade social e ambiental: bioeconomia florestal biocombustíveis, economia circular e tecnologias estratégicas para o Sistema Único de Saúde.
A estimativa é de que a iniciativa promova até R$ 510 milhões em investimentos totais em inovação à medida que o modelo operacional da EMBRAPII alavanque recursos privados ao exigir o cofinanciamento do setor empresarial e participação econômica de instituições de ciência e tecnologia (ICTs) nos projetos apoiados pela instituição.
A participação dos recursos do BNDES nos projetos poderá chegar a 50%. No caso das grandes empresas (receita anual superior a R$ 90 milhões), a participação será de até 33%. O restante dos recursos será aportado pelas Unidades EMBRAPII e empresas privadas que participarão do projeto.
O aporte de recursos do BNDES, que será não reembolsável, provém do BNDES Funtec – Fundo Tecnológico, cujo objetivo é reforçar e ampliar as oportunidades de fortalecimento das atividades de PD&I do setor industrial no País. A EMBRAPII possui uma rede de 72 Unidades EMBRAPII – ICTs credenciadas com infraestrutura de ponta e pesquisadores qualificados para apoiar a indústria a superar seus desafios tecnológicos.
Além disso, possui a vantagem de atuar em fluxo contínuo, ou seja, a qualquer momento a empresa pode desenvolver projetos, sem a necessidade de esperar edital e sem valor mínimo por projeto, permitindo o apoio à inovação com agilidade, flexibilidade e sem burocracia. Em média, os projetos apresentados pelo setor produtivo são contratados e iniciados em um mês.
Projetos de empresas da região Norte ou que envolvam o bioma da Amazônica de forma sustentável e inovadora estão no foco da ação, e terão apoio diferenciado. Outro desafio é intensificar o desenvolvimento de projetos cooperativos, que envolvam mais de uma empresa.
A cooperação pode ser realizada entre startups e empresas consolidadas no mercado e que anseiam inovar o modelo de negócio ou entre empresas que pertencem a mesma cadeia produtiva, o que pode gerar novos produtos e processos que beneficie todo o setor ao qual pertencem. Há ainda a possibilidade, pouco usual no país, de unir concorrentes com o mesmo desafio tecnológico. Nesse modelo, as empresas dividem custos e riscos do desenvolvimento da tecnologia, mas aplicam como melhor convier a cada uma no mercado.