Preço do querosene da aviação (QAV) teve aumento de 47%

Esse reajuste pode ameaçar uma retomada mais consistente da aviação comercial brasileira e vêm pressionando os preços das passagens aéreas.

O setor de aviação está tendo que lidar, desde o início da pandemia, com uma série de interferências que prejudicam as companhias aéreas e, também, os passageiros. Além da redução no número de voos, que ocorreu em 2020, o setor também tem que lidar com o aumento considerável dos combustíveis.

Um levantamento feito e divulgado pela Associação Brasileira de Empresas Aéreas (ABEAR), Entre os meses de janeiro a outubro deste ano, o querosene da aviação acumulou aumento de 47,7%, sendo maior até do que o aumento registrado pela gasolina (43,5%) e do gás de cozinha (36,1%), no mesmo período.

Esse não é o primeiro aumento significativo registrado pela Associação, já que no segundo trimestre desse ano, o combustível sofreu aumento de 91,7%, na comparação com o mesmo período do ano passado. Os percentuais foram calculados com base nos dados mais recentes da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

A escalada do preço do QAV neste ano supera em 4,2 pontos percentuais a variação de 43,5% registrada pela gasolina no mesmo período. Já em comparação com o gás de cozinha, que apresenta aumento de 36,1% de janeiro a outubro, o valor do litro do QAV ficou 11,6 pontos percentuais acima.

“Esses dados mostram como a aviação comercial brasileira é impactada pelos custos no Brasil. Além da alta do QAV, que é o item de maior ineficiência econômica das empresas aéreas, ainda temos o desafio dos sucessivos recordes da cotação do dólar em relação ao real, pois mais de 50% dos custos das companhias são dolarizados”, afirma o presidente da ABEAR, Eduardo Sanovicz.

Esse reajuste pode ameaçar uma retomada mais consistente da aviação comercial brasileira e vêm pressionando os preços das passagens aéreas. O QAV é o item de maior ineficiência econômica para as companhias aéreas brasileiras, aliado à escalada da cotação do dólar em relação ao real, já que 51% dos custos do setor são indexados pela moeda norte-americana.

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