A Petrobras divulgou as 30 empresas selecionadas na primeira fase do III edital do Programa Petrobras Conexões para Inovação – módulo Startups. Com valor de R$ 22 milhões e voltado para startups e pequenas empresas, a seleção é a maior já aberta no setor de petróleo gás e energia. As classificadas vão disputar, na etapa final, aportes de até R$ 500 mil ou de até R$ 1,5 milhão, a depender da categoria deep tech ou soft tech.
Os valores serão usados em projetos nas áreas de eficiência energética, robótica, redução de carbono, modelagem geológica, tecnologia de inspeção e tecnologia digital. Para as escolhidas nesta primeira fase começa agora a análise documental, seguida da elaboração dos planos de trabalho e modelos de negócio.
O programa surgiu da necessidade de a Petrobras estreitar o relacionamento com o ecossistema de inovação, especialmente com startups e pequenas empresas de base tecnológica. O investimento visa atender demandas mapeadas internamente na companhia e soluções que possam ser desenvolvidas de modo ágil e com possibilidade de implantação na indústria de óleo e gás.
As startups vencedoras recebem suporte financeiro para o desenvolvimento dos projetos de inovação, interagem com o corpo técnico da Petrobras, recebem capacitação empresarial para posicionamento de mercado e estruturação de planos de negócios com o apoio do Sebrae, parceiro da companhia no edital. Ao final do processo, as vencedoras têm a possibilidade de atender demandas não só da Petrobras, mas de se tornarem fornecedoras de toda a cadeia produtiva de petróleo e gás.
Startups aprovadas nos editais anteriores já mostram resultados de projetos desenvolvidos nas áreas de tecnologias imersivas, robótica, machine learning e weareables, entre outras verticais tecnológicas. A VR Monkey, startup vencedora de um dos desafios do I edital do Programa Conexões, especialista em realidade virtual, desenvolve uma solução para treinamento de processos da indústria de óleo e gás.
O objetivo é capacitar pessoal para atuar de forma segura em espaços confinados, em altura e com proximidade de calor. “Conseguimos atingir um nível de imersão muito superior as aplicações que havíamos desenvolvido anteriormente. Com os recursos do projeto, criamos uma experiência bastante realista, e com mecânicas inovadoras para interação do usuário com personagens na plataforma,” destaca o diretor comercial da startup, Rafael de Camargo.
A previsão de implantação do projeto piloto é para outubro e entrega da plataforma digital para o primeiro semestre de 2022. Rafael conta que a startup nunca tinha trabalhado para uma empresa de petróleo e se beneficiou da experiência: “a possibilidade de fazer esse projeto junto a Petrobras é muito rica, pois conseguimos entender e participar dos desafios da indústria no dia a dia e planejar como a tecnologia pode dar origem a um produto que agregue valor, sendo uma solução para esses desafios. Estamos trabalhando junto a uma equipe da Petrobras que se mostrou muito comprometida e dinâmica. Adotamos ciclos rápidos de desenvolvimento e conseguimos ter as primeiras demonstrações de um produto em 5 meses de projeto”, comemora Rafael.