Carteira de crédito segue avançando e deve crescer 1,3% em julho

As projeções da Pesquisa Especial de Crédito da FEBRABAN, divulgadas mensalmente como uma prévia da nota do BC, são feitas com base em dados consolidados dos principais bancos do país.
As projeções da Pesquisa Especial de Crédito da FEBRABAN, divulgadas mensalmente como uma prévia da nota do BC, são feitas com base em dados consolidados dos principais bancos do país.

O saldo total da carteira de crédito deve crescer 1,3% em julho, repetindo o bom resultado do mesmo mês no ano anterior, revela a Pesquisa Especial de Crédito da FEBRABAN. Caso a estimativa seja confirmada pela Nota de Política Monetária e Operações de Crédito do Banco Central, o ritmo de expansão anual da carteira deve ficar estável em 16,3%, mantendo-se em um patamar bastante elevado, mostrando que a oferta de crédito segue fluindo e contribuindo para a retomada da atividade econômica.

As projeções da Pesquisa Especial de Crédito da FEBRABAN, divulgadas mensalmente como uma prévia da nota do BC, são feitas com base em dados consolidados dos principais bancos do país, que representam de 38% a 89% do saldo total do Sistema Financeiro Nacional, dependendo da linha, além de outras variáveis macroeconômicas que impactam o mercado de crédito.

Desta vez, o destaque do mês deverá ser a carteira Pessoa Jurídica, que pode avançar 1,3%. O levantamento mostra que a surpresa positiva deverá vir da carteira livre, que, apesar da sazonalidade negativa do mês, devido às linhas de fluxo de caixa, poderá crescer 1,0%, favorecida pela reabertura do comércio e retomada da economia, devido à flexibilização de medidas de distanciamento social e o avanço da vacinação no país.

Já a carteira direcionada, que se retraiu em cinco dos últimos seis meses, poderá ganhar novo fôlego com a reedição do Pronampe (Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte) e registrar alta de 2,0%. Ainda assim, o ritmo de expansão anual da carteira Pessoa Jurídica deve seguir acomodando, de 14,8% para 14,3%.

Em 2021, os R$ 20 bilhões para a nova versão do Pronampe se esgotaram após 15 dias de operação, beneficiando 266 mil empresas. “O setor bancário está comprometido com todas as iniciativas do governo para mitigar os impactos negativos gerados pela pandemia da Covid-19 e continua focado em ajudar no processo de recuperação econômica do país em 2021”, afirma Rubens Sardenberg, diretor de Economia, Regulação Prudencial e Riscos da FEBRABAN.

Já a carteira destinada às famílias deve se manter como a principal responsável pelo crescimento do crédito neste ano, e a estimativa é crescer 1,3% em julho, reforçando a percepção de recuperação da atividade econômica e a importância do crédito para este impulso.

O desempenho do mês deve ser homogêneo entre os recursos  com a carteira livre (+1,4%), em especial nas linhas  ligadas ao consumo e o crédito pessoal, enquanto a carteira direcionada (+1,2%) deve seguir liderada pelos créditos imobiliário e rural. Com o novo avanço, o ritmo de expansão anual da carteira pessoa física deve seguir acelerando, para 17,9%.

A Pesquisa Especial de Crédito mostra que as concessões de crédito devem apresentar crescimento mensal de 0,9% em julho, acumulando expansão de 11,2% em 12 meses. Com o resultado, o volume acumulado em 12 meses deve aumentar pelo quarto mês seguido, impulsionado pela reedição de medidas de estímulo e pela retomada da atividade econômica.

O levantamento aponta o mês de julho poderá registrar uma expressiva alta das operações direcionadas, com crescimento de 140,8%, devido à nova rodada do Pronampe. Assim, as concessões destinadas às empresas devem crescer 2,6%. Por outro lado, as operações com recursos livres devem se retrair 8,9%, refletindo a sazonalidade desfavorável das linhas relacionadas ao fluxo de caixa, como desconto de duplicatas e antecipação de faturas de cartão de crédito.

Já o volume de concessões para Pessoa Física deve mostrar ligeira retração de 0,6%. As operações livres devem ficar praticamente estáveis (-0,2%). No caso das operações direcionadas, a acomodação deve ser um pouco maior, de -3,3%. Entretanto, a variação acumulada em 12 meses deve seguir ganhando força, avançando de 11,6% para 14,3%.

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