O Ibovespa iniciou a semana em queda em meio à aversão global ao risco motivada por preocupações sobre a disseminação da variante delta do coronavírus e suas potenciais complicações econômicas. Às 12h36 desta segunda-feira, 19, o principal índice da B3 caía 1,48% para 124.097 pontos.
As quedas são ainda mais acentuadas no mercado internacional. Nos Estados Unidos, os índices S&P 500 e Dow Jones caem mais de 1,6%. Na Europa, o Stoxx 600 recua 2,3%, com a bolsa de Milão chegando a despencar 3,5%. Os índices DAX, da Alemanha, e o FTSE 100, do Reino Unido, caem mais de 2%.
Com investidores buscando refúgio em ativos defensivos, o dólar sobe contra todas as principais moedas emergentes. No Brasil, a moeda americana avança cerca de 2% e é negociada próxima de 5,22 reais. A demanda também segue elevada pelos títulos do Tesouro americano, considerados os mais seguros do mundo. Inversamente proporcional à procura, o rendimento dos títulos de 10 anos despencam 6%.
Na bolsa, ações ligadas à reabertura econômica, como as relacionadas ao turismo, com CVC (CVCB3), GOL (GOLL4) e Azul (AZUL4) em queda de mais de 3%. CCR (CCRO3) e JHSF (JHSF3) caem mais de 2%.
Entre os papéis com maior presença no índice, os da Petrobras (PETR3/PETR4) puxa o movimento de baixa, tendo no radar a queda de 6% do petróleo brent, referência para a política de preços da estatal.
Acompanhando a queda do petróleo, a PetroRio (PRIO3) despenca mais de 4%. As ações da Vale (VALE3) e dos grandes bancos também são negociadas em queda, aumentando a pressão negativa sobre o Ibovespa.
Na lanterna do índice, estão as ações da B2W. Após ter disparado mais de 4% e liderado as altas em seu último pregão com o ticker BTOW3, as ações da companhia caem mais de 6% em seu primeiro pregão sob o ticker AMER3. A mudança de código é mais um passo do processo de fusão com as Lojas Americanas, que segue sendo negociada com os códigos LAME3 e LAME4. LAME4 cai 5%, após também ter tido forte alta na sexta-feira, 16.
Fora do Ibovespa, Tegma (TEGM3) e JSL (JSLG3) têm respectivas quedas de 7,4% e 1,2%, após a proposta de fusão entre as duas empresas ter sido rejeitada. De acordo com o conselho administrativo da Tegma, a oferta da JSL “não reflete o valor econômico-financeiro intrínseco” da companhia.
Os destaques positivos se encontram no setor de frigoríficos, com as ações da Marfrig (MRFG3) subindo cerca de 2% e as da JBS (JBSS3), 1%. Já as ações da Minerva (BEEF3) operam próximas da estabilidade, apesar do ambiente negativo.
Fonte: Exame
