A fintech foi lançada em 2013 pelo empresário colombiano David Vélez. No início, ela oferecia apenas um cartão de crédito sem tarifas, destinado a um público jovem. Oito anos depois, a maior fintech brasileira pode ser considerada um banco. Além de contas correntes e cartões de crédito, ela vende seguros, concede empréstimos e realiza pagamentos via celular. No ano passado, adquiriu a plataforma de investimentos Easynvest, que possui 1,6 milhão de clientes e cerca de R$ 25 bilhões em ativos custodiados. Ao todo são 40 milhões de clientes.
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Na terça-feira (8), o Nubank anunciou a conclusão de sua rodada de captação mais recente. De um total de US$ 750 milhões captados, US$ 500 milhões vieram da Berkshire Hathaway, do megainvestidor Warren Buffett. Desde janeiro foram obtidos US$ 1,15 bilhão, maior captação feita por uma startup na América Latina.
Além de trazer mais de R$ 2,5 bilhões ao caixa, o investimento da Berkshire avalia o Nubank em pouco mais de R$ 152 bilhões, o que o coloca na quinta posição em valor de mercado no sistema financeiro brasileiro e consagra seu modelo de negócios. Durante seus primeiros anos, os bancos digitais foram considerados uma aposta arriscada no sistema financeiro. A diferença com bancos tradicionais era a promessa de agilidade e os custos menores, que tornavam os produtos mais acessíveis. A grande questão era se esse modelo seria sustentável – ou seja, rentável – no mercado bancário brasileiro, concentrado e controlado.
O capital da fintech é fechado e está nos planos de Vélez que isso continue assim. Segundo Álvaro Bandeira, economista-chefe do Modalmais, o jogo ainda está no começo. “O Nubank está em um momento importante, mas ele não é o único. Os grandes bancos estão fazendo movimentos parecidos e têm muitos recursos para investir”, disse ele.
Fonte: Isto é.