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Uso de tecnologia para pessoas com deficiência deve dobrar em dez anos – Por Machidovel Trigueiro

*Coluna Semanal – Por Machidovel Trigueiro Filho – 09/04/21

No Ceará, esse ainda é um mercado pouco explorado, apesar do grande potencial. Sabe-se, contudo, que as inovações destinadas a atenuar situações de deficiência relacionadas a limitações motoras, visuais e outras tiveram um “aumento significativo” e são cada vez mais aplicadas nos artigos de consumo. A própria Organização das Nações Unidas – ONU emitiu relatório nesse sentido, no final do mês passado. Segundo esse estudo – sobre as tendências tecnológicas da Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI) – elaborado por uma agência da ONU -, “mais de 1 bilhão de pessoas precisam atualmente de tecnologia assistiva”, um número que vai dobrar na próxima década, à medida que a população envelhece. Curioso aqui registrar que apenas uma em cada dez pessoas no mundo tem, no entanto, acesso aos produtos de apoio que precisa, o que ratifica o grande potencial desse mercado. Para responder a esta demanda, as inovações em tecnologias assistivas vivenciaram um verdadeiro auge, com um crescimento de dois dígitos nos últimos anos, segundo esse mesmo relatório.

Enquanto isso, a convergência entre produtos eletrônicos de consumo e produtos de apoio leva a uma comercialização ainda maior dessas tecnologias. Em pesquisa que realizei no site da Organização Mundial da Propriedade Intelectual – OMPI, deparei de cara com esse informe do diretor-geral da OMPI, o singapurense Daren Tang, aqui traduzido para os leitores; “As pessoas com deficiência se apoiam há muito tempo nas novas tecnologias para ganhar independência e interagir melhor com seu entorno”. Ou seja, mundialmente já se percebe o enorme tamanho desse marcado, ainda mais forte no Brasil, vez que praticamente estamos iniciando esse processo de ofertar produtos tecnológicos e de inovação para as pessoas com deficiência. Aqui imagino que para os grandes hospitais e até as principais operadoras de planos de saúde encontram um mercado bem interessante.

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Numa outra toada, encontramos exemplos práticos de melhoria de qualidade de vida para pessoas portadoras de necessidades ou até mesmo os idosos que merecem mais atenção, com produtos como “casas” e “óculos” inteligentes. Na própria OMPI supra citada, encontrei no relatório sobre o tema a informação que existem mais de 130 mil patentes relacionadas a tecnologias assistivas convencionais e emergentes publicadas entre 1998 e meados de 2020, com 15.592 pedidos apresentados só nesse período da pandemis, como “assistentes robóticos, aplicativos domésticos inteligentes, tecnologias disponíveis para pessoas com deficiência visual e óculos inteligentes”. A apresentação de pedidos no campo da tecnologia assistiva emergente aumentou três vezes mais rápido (com um índice médio anual de 17% durante o período 2013-2017) do que o da “tecnologia assistiva convencional”, que traz melhorias para os produtos já bem estabelecidos no mercado, como assentos para cadeiras de rodas ou rodas ajustadas para diferentes espaços, alarmes e dispositivos em braille. O relatório revela ainda que China, Estados Unidos, Alemanha, Japão e Coreia do Sul são os cinco países que geram mais inovação no setor das tecnologias assistivas. Universidades e organizações públicas de pesquisa ocupam um lugar de destaque no acervo de dados sobre essas tecnologias emergentes, diz o texto. No entanto, é o setor privado que está “à frente” do desenvolvimento da tecnologia assistiva, por exemplo, com empresas especializadas no assunto, como WS Audiology, Cochlear, Sonova, Second Sight e Össur. Nessa linha, fica aqui uma provocação, onde estão as startups do Ceará que atuam nesse virtuoso mercado. Nossos empreendedores estão sempre tão antenados com as oportunidades do mercado. Fica ai a nossa dica dessa semana.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Economic News Brasil.

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