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30 anos de Mercosul: benefícios econômicos e próximos desafios

Ao longo das três décadas, o Mercosul contribuiu para a redução de barreiras tarifárias e atração de investimentos externos que formaram uma integração produtiva em setores de forte impacto econômico e social.

Nesta quinta-feira (25), deverá ser aprovada na reunião do Conselho Industrial do Mercosul uma declaração conjunta que marca os 30 anos do acordo. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) defende a retomada do crescimento econômico nos países do Mercosul, maior participação do setor empresarial na agenda econômica e comercial do bloco, o fortalecimento do livre comércio e a ampliação de acordos com países estratégicos que representem ganhos efetivos.

O Conselho é formado por líderes das entidades industriais dos quatro países do bloco. Além da CNI, fazem parte do fórum a União Industrial Argentina (UIA), a União Industrial Paraguaia (UIP) e a Câmara de Indústrias do Uruguai (CIU).

– Estabilidade econômica na região para retomada do crescimento;

– Conclusão de acordos comerciais com UE e EFTA e celebrar mais acordos comerciais com Canadá, México, América Central e Caribe, Reino Unido e Estados Unidos;

– Mais integração interna, incorporando acordos parados nos Congressos (compras públicas e facilitação de comércio) e fortalecendo o livre-comércio, a união aduaneira e a participação do setor privado no Mercosul;

– Mais competitividade: Brasil e Argentina são os últimos no ranking de competitividade da CNI. Sem essa competividade, os países não voltaram a atrair investimentos e ampliar o comércio.

Bloco proporciona importantes resultados econômicos para o Brasil

O bloco é o que mais proporciona resultados econômicos e sociais para o Brasil. Entre 2011 e 2020, o saldo comercial do país com o Mercosul foi de US$ 54,9 bilhões, com a pauta mais diversificada entre todos os grandes destinos de exportações. O saldo fica atrás apenas da China (US$ 158,3 bilhões), mas a pauta exportadora com o país asiático é concentrada em poucos produtos.

O comércio do bloco resulta na maior massa salarial por R$ bilhão exportado – R$ 670 milhões ante R$ 450 milhões no caso da China – e produz o maior impacto em cadeia no Brasil por R$ bilhão exportado: R$ 4,12 bilhões. Em relação a empregos, é o segundo destino em que as exportações brasileiras geram mais empregos, perdendo apenas para os Estados Unidos.

Os países do bloco, inclusive o Brasil, passam por um período de deterioração econômica e da comoditização da pauta de exportação. Para reverter o quadro, o setor industrial propõe que sejam elaboradas e implementadas metas macroeconômicas realistas para estabilizar economicamente a região. Devem ser descartados objetivos não viáveis, como moeda única ou convergência macroeconômica.

Desafios

Outros desafios do bloco, de acordo com o presidente da CNI, são as barreiras não tarifárias e a demora para internalizar compromissos. O acordo para liberalização de compras governamentais do Mercosul, por exemplo, foi celebrado em 2017, mas segue no Congresso.

Ao longo das três décadas, o Mercosul contribuiu para a redução de barreiras tarifárias e atração de investimentos externos que formaram uma integração produtiva em setores de forte impacto econômico e social.
Ao longo das três décadas, o Mercosul contribuiu para a redução de barreiras tarifárias e atração de investimentos externos que formaram uma integração produtiva em setores de forte impacto econômico e social.

A indústria brasileira vê com preocupação negociações com países que não jogam conforme as regras internacionais, como a Coreia do Sul e outros países asiáticos, que aprofundaria uma pauta baseada em commodities, com baixa agregação de valor.

A CNI reconhece que o Brasil também tem de fazer um dever de casa para melhorar a competitividade e integração com o bloco. Um exemplo é ajustar a regra de Preço de Transferência e Acordos Tributários com o praticado na maioria dos países e reduzir o número de tributos sobre as importações de serviços.

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