Um Olhar Sobre as Profissões: Cícero Rocha – Fundador e Presidente do Instituto Empresariar

"Humildade pra aprender, entusiasmo e otimismo em tudo." (Cícero Rocha)
"Humildade pra aprender, entusiasmo e otimismo em tudo." (Cícero Rocha)
Hoje, no quadro Um Olhar Sobre as Profissões, trazemos o Presidente e Fundador do Instituro Empresariar, Cícero Rocha. O empresário tem mais de 600 projetos realizados e toda a família – esposa e filhas – está envolvida no proposito do Instituto Empresariar.
A metodologia desenvolvida, BFB, é hoje objeto de pesquisa do mestrado e doutorado de uma das suas filhas.
1. Atualmente você é presidente do Instituto Empresariar, poderia contar um pouco da sua trajetória? Como o interesse pelo ramo começou?
Vou tentar ser sintético, mas não vai ser fácil. Pois a vida me presenteia diariamente com oportunidades fantásticas.
Bem, sou filho de uma família humilde de professores do interior do estado do Ceará e que desde criança, os livros, a ciência e a cultura fizeram parte do meu imaginário. Tive uma formação muito intensa, aprendi a falar inglês fluentemente  ainda criança – hoje tenho 57 anos -, do maternal até entrar na Universidade – engenharia civil, matemática, educação – sempre estudei em colégios religiosos com elevado nível de qualidade educacional.
Essa base de formação me propiciou a ter um olhar na minha vida profissional sobre a importância do conhecimento aplicado, teoria na prática, no que hoje é tão propagado como era do conhecimento, venho nesse mundo há mais de 50 anos.
Comecei a trabalhar cedo, meu pai tinha uma pequena oficina. A partir dos 15 anos desenvolvi uma profunda relação com a matemática, que até hoje trago até de forma filosófica – pra todo problema existe uma solução, basta um método. Meu esporte na juventude, até mais que o futebol, era resolver problemas complexos de matemática. Adorava resolver aquelas provas do ITA – Instituto Tecnológico da Aeronáutica -.
Meus primeiros trabalhos corporativos foi em Bancos. Uma rápida passagem de 2 anos na caixa Econômica Federal e 10 anos no Banco do Brasil. Foi no Banco do Brasil que tive dois insights importantíssimos pra carreira profissional. Primeiro minha descoberta como empresário, ao me relacionar com os pequenos e médios empresários clientes do Banco, vi a carência de conhecimento em gestão e que aquilo era uma grande oportunidade. Fiz meu primeiro laboratório de ciência na prática quando passei 2 anos comprando e vendendo queijo na feira nos finais de semana, após o expediente bancário, onde tive um sucesso relevante empresarial. O segundo e mais importante foi conhecer a importância e relevância das empresas familiares, bem como os desafios das suas problemáticas, em especial, a sua elevada mortalidade, mesmo sendo altamente rentáveis. Como quem tem um mindset de matemático- adora resolver um problema complexo – já no Banco iniciei uma busca por auxiliar, pela gestão, algumas empresas familiares. Em seguida sai do Banco, num desses Programas de desligamento voluntário – já com uma boa reserva de capital oriunda dos negócios com os queijos e investi de forma profunda no universo empresarial, mas sempre adquirindo empresas ou segmentos em dificuldade de gestais. reestruturando e vendendo. Foi quando a proximamente 25 anos atrás tomei uma decisão de vida: vender todos os meus negócios – varejo, Industria, atacado – e a montar uma empresa que auxiliasse a resolver os problemas de gestão das empresas. Nos primeiro dois anos trabalhei com vários tipos de empresas, mas em seguida montei um planejamento estratégico para 30 anos onde a missão era auxiliar as empresas familiares. Daí surgiu o Instituto Empresariar, a primeira instituição brasileira especializada em empresas familiares, onde hoje, além de vários profissionais na equipe, tenho toda a minha família envolvida – esposa e três filhas -. Somos: “casa de ferreiro e com os espetos de aço”.
2. Existe alguma história sua interessante na academia ou durante os anos de experiência relacionada à profissão? Algo peculiar ou memorável?
Como já participei em mais de 1.300 projetos de consultoria e como conselheiro externo em mais de 40 empresas, nesses últimos 20 anos, temos histórias e vivências importantes diariamente.
Mas destaco alguns padrões de histórias como das famílias empresárias que abandonam seus fundadores e quando eles partem elas se desestruturam, os fundadores que acham que nunca vão morrer e quando o fenômeno acontece deixam verdadeiras “bombas” como herança.
Mas também dos filhos jovens que nunca passaram por dificuldades e acham que tem todas as soluções para os problemas do mundo e que é possível resolver tudo num curto espaço de tempo. Mais recentemente, por conta do COVID, as empresas estão envelhecendo mentalmente de forma abrupta e não se permitindo a mudar. Mas há mais delicada nas empresas familiares é a fase de sucesso, não estou falando de sucessão. Mas na fase de sucesso é onde as empresas familiares adoecem embriagadas com o orgulho, não se permitindo a serem aconselhadas a mudar. Temos muitas histórias lindas e é claro muitas sofridas porque lamentavelmente, uma parte significativa, nos procura quando já está doente. Por exemplo, quantos estarão lendo essa entrevista e decidirão em mudar?
3. Como você avalia a situação atual do país e principalmente na sua área, como avalia as empresas familiares?
No Instituto temos uma área de pesquisa, coordenada pela minha filha do meio, doutora em empresas familiares, onde há mais de uma década estudamos sobre o futuro das empresas familiares, inclusive com outros pesquisadores fora do Brasil. As pesquisas são muito claras: as empresas familiares vão dominar o mundo. São as mais rentáveis, as que crescem mais rápido, os melhores locais pra se trabalhar, as que menos demitem em época de crise, entretanto, no Brasil uma elevada mortalidade. Por conta disso é que junto com a equipe do Instituto Empresariar desenvolvemos uma metodologia denominada  BFB – Balanced Family Business – que vem sendo utilizada com sucesso em centenas de empresas brasileiras visando solucionar problemas de estratégia, processos, pessoas, poder, governança, conflitos, blindagem patrimonial, sucessão e outros.
4. O setor de empresas familiares mudou nos últimos anos, na tomada de decisões e na forma estrutural da empresa?
Sim, mas ainda de forma lenta, em especial nas regiões norte e nordeste.
Temos implementados com sucesso vários processos de governança, preparação da família empresária, sucessão e organizações societárias. Mas esses temas carecem de ser cuidados por especialistas em empresas familiares e com metodologia própria.
5. Na sua análise,  existem perspectivas de crescimento da quantidade de Micro e Pequenas empresas? Ou o mercado vai enxugar depois que passar a crise?
Esse análise precisa ser vista em ondas e pôr segmentos. Teremos uma primeira onda com consolidações como ocorreu com o segmento de farmácias, mas segmentos como o de pequenas lojas de bairros deveremos ter um crescimento com pequenas empresas.
6. Quais as suas perspectivas de projetos futuros?
Temos uma visão de futura ousada no Instituto Empresariar: “impactar positivamente um bilhão de pessoas até 2040 transformando as empresas familiares”. Assim sendo, o ambiente digital tem sido o nosso grande crescimento, como também as novas gerações,  temos plataformas específicas pra gerações Z – 15 a 25 anos -, no canal do YouTube do Instituto Empresariar.
7. Como você resumiria sua carreira em uma frase?
“Vencedor é quem vence a si mesmo”.
8. Pela sua larga experiência, qual conselho daria para as empresas, as que estão começando e as que estão enfrentando a crise econômica?
Dedique todo o seu esforço e toda a sua alma naquilo que alegra o seu coração. O mais tudo passa.
9. E para as pessoas que almejam cargos de chefia e liderança, existe algum segredo?
Humildade pra aprender, entusiasmo e otimismo em tudo.
10. Existe algo que queira acrescentar? 
Caso alguém tenha interesse em nos conhecer melhor basta nos seguir na rede sociais ou no site do Instituto Empresariar. 

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