Pesquisar
Close this search box.
conteúdo patrocinado

Quando as companhias aéreas vão voltar a decolar? Veja as análises para Gol, Azul e Latam

Segundo a consultoria IBA Group, cerca de 42 empresas do segmento faliram ou entraram em recuperação judicial no mundo em 2020. Esse número pode ultrapassar 70 até março de 2021, com os efeitos da Covid ainda pesando sobre as receitas das aéreas.

Em menos de um ano a pandemia desativou quase um terço das 50 mil rotas aéreas, aproximadamente, que cruzavam os céus do planeta. Assim, as companhias aéreas foram duramente afetadas.

Segundo a consultoria IBA Group, cerca de 42 empresas do segmento faliram ou entraram em recuperação judicial no mundo em 2020. Esse número pode ultrapassar 70 até março de 2021, com os efeitos da Covid ainda pesando sobre as receitas das aéreas. A Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) estima que as perdas combinadas das companhias aéreas devem fechar 2020 em US$ 100 bilhões. Apenas entre as brasileiras, a Iata estima prejuízo de US$ 13,61 bilhões em 2020.

Prazos para a retomada mundial

As companhias aéreas pelo mundo buscam uma retomada em 2021 e isso depende da queda nos níveis de contágio e da retirada das restrições às viagens. Na Europa, as companhias vinham se recuperando até que a segunda onda suspendeu novamente as viagens. A estimativa é que as companhias aéreas atinjam 75% do número de passageiros vistos antes da crise sanitária apenas no meio de 2022. A recuperação completa deve acontecer entre 2024 e 2025.

conteúdo patrocinado
conteúdo patrocinado
conteúdo patrocinado

A estimativa da Iata é de que as receitas gerais das empresas do setor cresçam para US$ 459 bilhões este ano, US$ 131 bilhões acima de 2020, mas ainda 45% abaixo de 2019.

Viagens no Brasil?

O cenário-base de projeção da consultoria é que as aéreas brasileiras cheguem a cerca de 75% do número de passageiros vistos no pré-pandemia até o final de 2021 no mercado doméstico. Preencher a porcentagem restante deve demorar mais.

Gol, Azul e Latam: balanços e expectativas

A divulgação dos resultados do quarto trimestre das companhias aéreas listadas em Bolsa estão próximos. O da Gol sai nesta quinta (25/02) e o da Azul na outra (04/03). Antes da divulgação, analistas têm visões diferentes para GolAzul e Latam.

O relatório mais recente do Bradesco BBI sobre as aéreas brasileiras, divulgado no início deste mês, diz que o pior parece ter ficado para trás, mas os desafios ainda não acabaram.

Gol (GOLL4) informou que sua capacidade doméstica caiu 26% em janeiro de 2021, na comparação com o mesmo mês de 2020. A demanda por voos sofreu queda de 27,9% na mesma comparação, enquanto a taxa de ocupação caiu de 85,4% para 83,2%. Para o BBI, a Gol está reconstruindo sua malha doméstica depois de um ano muito difícil, e uma retomada mais forte do tráfego aéreo será consolidada apenas no segundo semestre.

O banco mudou a recomendação para a Gol, de outperform (desempenho acima da média do mercado) para neutra. Apesar de ter elevado o preço-alvo de R$ 23 para R$ 25, o corte de recomendação aconteceu porque o banco entende que as ações já subiram muito e não têm tanto potencial para continuar crescendo, dado o cenário.

A Azul acumula alta de 303% de 18 de março de 2020, mínima atingida no auge da pandemia (de R$ 10,35), até esta segunda-feira (23), quando as ações fecharam em R$ 41,73. Mas a cotação ainda está 29,27% abaixo do patamar pré-pandemia – as ações valiam R$ 59,24 em 14 de fevereiro do ano passado. A Gol também subiu os mesmos 303% desde a mínima do ano passado, em 20 de março, quando caiu a R$ 5,60, até o último fechamento, quando estava cotada aos R$ 22,58. Mas ainda está 37,27% abaixo dos R$ 36 de 14 de fevereiro de 2020.

A avaliação é de que após a forte recuperação desde o período mais crítico da pandemia, atribuída a um fator mais concreto – a moderação nas medidas restritivas – e a outro mais ligado a expectativas – o avanço da vacinação – faltam gatilhos para que as ações retomem o valor anterior à crise.

No caso da Azul (AZUL4), a queda na demanda em janeiro deste ano foi de 31% sobre janeiro de 2020. A taxa de ocupação chegou a 78,7%, 6,5 pontos percentuais abaixo do mesmo mês do último ano. Considerando apenas as operações internacionais, a queda em voos de e para o exterior foi de 86,3% em termos de demanda.

A recomendação do Bradesco BBI para a Azul foi mantida em neutra, com um aumento do preço-alvo para R$ 40 neste ano, ante R$ 27 anteriormente. Mas a perspectiva de melhora mais consistente foi deixada para 2022. O banco aumentou sua projeção para o Ebitda da Azul em 2022, após uma redução de 3,5% na previsão para 2021.

Fusão e novos players no setor?

Para contornar a crise provocada pela pandemia, Latam e Azul fizeram um acordo de codeshare em 2020. Ou seja, passaram a compartilhar voos entre as duas companhias: o cliente pode comprar a passagem tanto na Azul ou na Latam e viajar por qualquer uma das empresas, dependendo da rota.

Novas expectativas, novos negócios

Com todos os impactos da pandemia, os especialistas ressaltam que, mesmo que o número de passageiros se recupere, a composição dos voos não será a mesma. O impulso para viagens nos próximos anos deve vir do crescimento econômico e do desejo de lazer. Esse é um ponto de preocupação para as aéreas.

Uma outra preocupação está nos protocolos para evitar a entrada de pessoas contaminadas por novas cepas de Covid-19. Esses dois problemas para o setor indicam que as companhias aéreas vão precisar se dimensionar para uma indústria que será menor do que no passado.

Receba as últimas notícias do Economic News Brasil no seu WhatsApp e esteja sempre atualizado! Basta acessar o nosso canal: CLIQUE AQUI!

conteúdo patrocinado

MAIS LIDAS

conteúdo patrocinado
conteúdo patrocinado