A Morgan Stanley, uma empresa global de serviços financeiros sediada em Nova York, tirou hoje os títulos soberanos do Brasil de sua lista de investimentos recomendados citando preocupações fiscais e potenciais repercussões depois que o chefe da estatal petrolífera Petrobras foi demitido pelo presidente do país, Jair Bolsonaro.
De acordo com a agência de notícias britânica Reuters, a intervenção do populista de direita em uma das empresas mais valiosas do Brasil, junto com uma promessa de reduzir os preços no setor de energia, que afetou o preço das ações e títulos da Petrobras foram os motivos do Morgan Stanley e a sua recomendação anterior otimista, sobre a dívida soberana do Brasil, dependia do governo abordar as questões fiscais por meio de reformas.
“As mudanças na Petrobras são preocupantes a esse respeito, pois mostram que a tolerância para políticas impopulares é baixa, talvez devido a considerações eleitorais”, disseram os analistas do banco.
“Além disso, a exposição do investidor por meio da Petrobras é muito alta em um momento em que o spread versus o soberano está perto de níveis recordes, deixando poucos motivos para os investidores manterem os títulos caso a direção da empresa mude.” publicou o Reuters.
O grupo Morgan Stanley forma o maior banco de investimentos do mundo com 18.000 corretores de valores e ativos superiores a 1.7 trilhões de dólares. O Morgan Stanley opera em 42 países e possui mais de 1300 escritórios e 65.000 funcionários.