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Um Olhar Sobre as Profissões: Ana Adalgisa – Presidente CREA/RN

Ana Adalgisa Dias Paulino - Presidente do CREA-RN

Seguindo com a série de entrevistas do quadro Um Olhar Sobre as Profissões, hoje batemos um papo com Ana Adalgisa Dias Paulino. Engenheira Civil, Mestra em Engenharia de Produção e Doutora em Ciências e Engenharia de Petróleo. Atualmente é Presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio Grande do Norte.

"Nós temos já nossa profissão regulamentada. Mas acho que, acima de tudo, mostramos no Brasil que é necessário que a Engenharia, a Agronomia e Geociências, o que nós representamos, são de mola propulsora do desenvolvimento. Não existe estradas, não existem construção de casa, não existe saneamento se não tiver a Engenharia."
“Nós temos já nossa profissão regulamentada. Mas acho que, acima de tudo, mostramos no Brasil que é necessário que a Engenharia, a Agronomia e Geociências, o que nós representamos, são de mola propulsora do desenvolvimento. Não existe estradas, não existem construção de casa, não existe saneamento se não tiver a Engenharia.”

 

Por que você decidiu por essa área? Quais foram os critérios? Na época, eu gostava muito de matemática e física e isso foi uma influência mas eu gostava de observar a obra. Tinham obras perto da minha casa e eu sempre ia verifiquei e ver essas obras. Acho que isso juntou também aos fatores da família, que tinha vários engenheiros já e acabaram influenciando para eu ir para essa área técnica.

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Como você avalia a situação atual do profissional?

Estamos passando por uma crise que já vinha há um tempo, uma crise econômica, e geralmente quando a gente tem um país desenvolvido e com pujança econômica nós temos um desenvolvimento maior da engenharia. Mas várias frentes de atuação do profissional estão sendo abertas e, com certeza, isso vai valorizá-lo porque há a necessidade de um trabalho técnico como, por exemplo, inspeções prediais, a questão das vistorias, obras de infra estrutura. Isso vai fazer com que os nossos profissionais sejam valorizados e melhore essa situação de empregabilidade no setor.

Existe valorização? Como o profissional pode estar sempre se atualizando? Qual a importância disso e a relevância da profissão?

Acho que nós precisamos valorizar mais o profissional. O mercado precisa valorizar e, acima de tudo, o poder público precisa valorizar o profissional. Hoje a gente vê concursos públicos, com destaque especial em prefeituras, por exemplo, que oferecem um salário muito abaixo do piso salarial estabelecido. É um trabalho que a gente vem fazendo aqui no Crea/RN, que é justamente  buscar valorização profissional e combater esses concursos públicos que acabam pagando um salário bem inferior. O profissional precisa estar sempre atualizado. Isso é uma das coisas que eu sempre falo em aulas. A gente não pode simplesmente se acomodar só com a graduação. Nós temos que buscar uma pós-graduação, buscar fazer cursos, estar sempre se atualizando porque o mercado precisa de profissionais atualizados e antenados com o que está acontecendo. Hoje, por exemplo, nós vamos ter uma plataforma que vai ser exigida nas licitações. Então, todos os projetos tem que estar dentro dessa plataforma e o profissional precisa se capacitar para que ele possa estar atuando nesses novos mercados que vão surgindo.

Quais foram as principais conquistas da categoria nos últimos anos?

Uma das grandes conquistas da nossa categoria primeiro é a lei do piso salarial que estabelece exatamente a remuneração dos profissionais. Nós temos já nossa profissão regulamentada. Mas acho que, acima de tudo, mostramos no Brasil que é necessário que a Engenharia, a Agronomia e Geociências, o que nós representamos, são de mola propulsora do desenvolvimento. Não existe estradas, não existem construção de casa, não existe saneamento se não tiver a Engenharia. Estamos vendo o grande desenvolvimento econômico do Brasil junto ao agronegócio, através da nossa Agronomia. Então, a gente está mostrando a nossa importância e essas são as nossas conquistas com o trabalho que a gente vem desenvolvendo, principalmente levando desenvolvimento para a nossa Região e consequentemente para o Brasil.

Como os conselhos podem atuar em prol da profissão?

O conselho da categoria é fundamental para que a nossa profissão, além de ter toda sua regulamentação, seja exercida pelos profissionais que são habilitados. Hoje o nosso Crea/RN, a nossa fiscalização, atua muito no combate ao exercício ilegal da profissão, ou seja, leigos que exercem a nossa profissão. E é aí que a gente entra com a fiscalização, combatendo esse leigo para que a Engenharia, a Agronomia e as Geociências sejam exercidas somente pelos profissionais habilitados e registrados no conselho. Essa é a grande função do conselho além de que, claro, quando a gente faz isso, quando a gente combate o exercício ilegal da profissão, nós estamos protegendo a sociedade.

Desde que assumiu a presidência, pode destacar quais as principais ações?

Quando assumimos o mandato em 2018, a gente tinha um compromisso de aproximar o Crea tanto dos profissionais quanto da sociedade. Então nós criamos o “Crea de portas abertas”. Temos um aplicativo para que o Crea possa estar na palma da mão de todos os profissionais. Criamos o projeto “Capacita Crea” onde a gente promove palestras e cursos tanto aqui(em Natal) quanto no interior. Exatamente para que o profissional participe mais,  tanto de ações de capacitação como também venha para o Crea conhecer os serviços. A gente dá palestras sobre a RT, sobre fiscalização e uma série de atividades das áreas técnicas da Agronomia, e Engenharia Civil, da Engenharia Elétrica. Também dentro dessa linda aproximação com a sociedade, resgatamos a “Fiscalização Preventiva Integrada” inclusive de grandes eventos como o “Carnaval Legal”, onde o Crea faz essa fiscalização preventiva, de estádios… Fizemos fiscalização na Ponte de Igapó onde identificamos a necessidade de manutenção e entregamos o relatório ao DNIT. Fizemos relatórios sobre a situação das passarelas aqui na cidade Natal, inclusive indicando a necessidade de manutenção urgente em algumas, fizemos fiscalização em shoppings… Então, a gente faz essas fiscalizações preventivas exatamente para mostrar a importância do Conselho, da Engenharia, da Agronomia e das Geociências para a sociedade, além de fortalecer os profissionais da área.

Quais as perspectivas de projetos futuros?

Para esse mandato que iniciou agora em 2021, a gente tem vários projetos:  Fortalecer exatamente essa parte da capacitação; Nós estamos concluindo nosso planejamento estratégico e esse planejamento estratégico vai gerar indicadores; Procedimentos para que o nosso nosso setor tem uma uniformidade, um padrão de serviço e principalmente de atendimento para os profissionais; Estamos implantando, já com projeto, um espaço de Coworking não só aqui na nossa série mas também no interior para que o profissional possa ter um suporte, um escritório, e encontrar o seu cliente na sede do Crea; Temos agora um convênio com a ABNT onde o profissional pode constar todas as normas técnicas gratuitamente, inclusive com descontos para adquirir normas e participar de cursos da ABNT; O fortalecimento do Crea com as instituições de ensino, fortalecendo as entidades de classe porque uma entidade forte tem um profissional forte consequentemente o Crea também forte.

Então a gente tem vários projetos tanto na área de fiscalização, na área de atendimento, na área de tecnologia. Estamos implantando, com uma comissão, o Inova Crea, onde a gente vai estabelecer e desenvolver várias ferramentas inovadoras. Sempre na busca de um melhor atendimento tanto para os profissionais quanto para a sociedade.

Como você resumiria o profissional em uma frase?

O profissional que faz parte do Crea, o profissional da Engenharia, de Agronomia e da Geociências, ele é a grande locomotiva de desenvolvimento de um país. Aliás, a nossa categoria é a mola propulsora do desenvolvimento de qualquer país. Então nós queremos ser exatamente esses condutores do desenvolvimento do Brasil. Os Engenheiros Agrônomos, Geólogos, Geógrafos,  os Meteorologistas, estão aptos a levar esse país ao desenvolvimento.

Como tem sido o investimento nos canais de comunicação e relacionamento com os profissionais e a sociedade, como o da ouvidoria?

O Crea do Rio Grande do Norte tem investido muito na questão da comunicação. Nós temos as nossas redes sociais, temos Instagram, temos Facebook e Twitter. Temos também um canal muito interessante na nossa gestão que é o WhatsApp e que a gente chama de “Crea Fácil” onde tanto os profissionais quanto a sociedade acionam o WhatsApp e resolvem várias questões de emissão de RT, fiscalização. denúncia. A gente tem esse canal, fala com a ouvidoria. Nós temos o nosso site que, por sinal, estamos renovando o nosso site e será lançando um novo portal em março. Então, os canais de comunicação e de relacionamento são um ponto chave e fundamentais. Inclusive com mídia nós estamos fazendo sempre a divulgação das nossas atividades, das nossas categorias, via campanhas que divulgamos através de outdoor e de rádio. Então a gente junto inclusive com um Conselho Federal, o Confea, estamos fortalecendo essa parte de comunicação do Conselho.

Existe algo que queira acrescentar?

Pra completar é muito importante frisar que o Crea tem como objetivo regulamentar e fiscalizar a nossa profissão, a Engenharia, a Agronomia e as Geociências. Mas acima de tudo nós temos o dever de proteger a sociedade, é isso que está na lei e o Crea do Rio Grande do Norte tem esta missão. Nós temos uma fiscalização intensiva no combate ao exercício ilegal da profissão. A gente vem fiscalizando leigos que querem atuar na nossa área e consequentemente colocar em risco a sociedade. A gente vem buscando, vem trabalhando junto com os nossos profissionais na capacitação, dialogando, construindo linhas de fiscalização, para que a gente combata esse exercício ilegal e, acima de tudo, que a gente valorize a nossa profissão. A valorização profissional é um carro chefe aqui do nosso conselho. A valorização dos profissionais de Engenharia, Agronomia e das Geociências é fundamental e isso passa pela fiscalização, pela capacitação, pelo diálogo e acima de tudo mostrar à sociedade a nossa importância. Como já falei anteriormente, a nossa categoria é a mola propulsora de qualquer país desenvolvido e nós estaremos sempre dentro dessa linha de mostrar a importância da Engenharia e participar ativamente das discussões que envolvam Engenharia, Agronomia e Geociências na sociedade do Rio Grande do Norte.

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