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Um olhar sobre as profissões: Joel Krüger, presidente do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia

Um Olhar Sobre as profissões: Joel Krüger
Um Olhar Sobre as profissões: Joel Krüger

O Economic News Brasil traz uma novidade em 2021. Nossa equipe está dando início a uma série de entrevistas Perfil. Traremos um olhar mais humanizado das pessoas que estão à frente de projetos e instituições importantes. Presidentes, diretores, gestores. As entrevistas serão publicadas todos os domingos e começamos com Joel Krüger, o presidente do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia.

Um olhar sobre as profissões:Conselho Federal de Engenharia e Agronomia

Joel Krüger

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Joel Krüger nasceu em Curitiba onde se graduou em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). É Mestre em Educação pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR) e especialista em Gestão Técnica do Meio Urbano pela Université de Technologie de Compiegne e em Didática no Ensino Superior (PUC-PR).

É professor da Escola Politécnica da PUC-PR há 35 anos, onde coordenou o Curso de Engenharia Civil da instituição por vários anos. Atualmente, ministra as disciplinas de Rodovias e Engenharia Legal.

Como consultor na área de transportes, atuou por vinte anos na Prefeitura de Curitiba onde exerceu diversos cargos. Foi secretário municipal de Trânsito, ocasião em que implantou um conjunto importante de medidas de proteção à vida, dentre elas, a Via Calma, que resgatou o respeito à vida em áreas estratégicas do centro da cidade.

Iniciou sua trajetória no Sistema Confea/Crea/Mútua como conselheiro titular do Crea-PR (2005 e 2010) e diretor-tesoureiro (2006 a 2010). Em 2011, foi eleito presidente do Crea-PR, cargo que ocupou por dois mandatos consecutivos (2012-2017). Em 2017, foi eleito para a presidência do Confea (2018-2020) com base em um programa de amplas mudanças apoiado pela grande maioria dos profissionais. Em seu primerio mandato, Joel Krüger resgatou a credibilidade do órgão, pacificou o sistema profissional e implantou medidas efetivas de valorização das profissões e das entidades de classe do Sistema.

"No momento em que respondo a essa entrevista, completa-se oito anos da tragédia da Boate Kiss. Temos que lutar pelo cumprimento das nossas atribuições, e também pela punição dos maus profissionais, mas não podemos corroborar com uma argumentação falaciosa que denigre a imagem dos profissionais e do sistema profissional."
“No momento em que respondo a essa entrevista, completa-se oito anos da tragédia da Boate Kiss. Temos que lutar pelo cumprimento das nossas atribuições, e também pela punição dos maus profissionais, mas não podemos corroborar com uma argumentação falaciosa que denigre a imagem dos profissionais e do sistema profissional.”
  1. Por que você decidiu por essa área? Quais foram os critérios?

Sempre gostei da área técnica e como estudante da antiga Escola Técnica Federal do Paraná a escolha surgiu naturalmente e segui para a Engenharia Civil onde me graduei pela Universidade Federal do Paraná.

  1. Existe alguma história sua interessante na faculdade ou durante os anos de experiência relacionada à profissão? Algo peculiar ou memorável?

Todas as experiências profissionais foram motivo de grande orgulho e conquista. Mas claro, não posso deixar de destacar os 35 anos como professor da Escola Politécnica da PUCPR completados no final do ano passado. Lá tive a honra de coordenar o curso de engenharia civil por mais de 10 anos e ajudei a formar milhares de profissionais. Também os vinte anos de dedicação na Prefeitura Municipal de Curitiba, onde exerci diversos cargos e fui Secretário de Trânsito. E no Sistema Confea/Crea as quatro vitórias que obtive nas eleições que disputei, duas vezes como presidente do Crea-PR e duas vezes como presidente do Confea,

  1. Como você avalia a situação atual do profissional?

Há muitos desafios, sobretudo em relação à valorização profissional. Desafios que foram impostos nos últimos anos por uma postura que, infelizmente, parece desconhecer o potencial de transformação econômica e social, proporcionado pela cadeia do conteúdo local e outras linhas de produção abrangidas pelas nossas atividades. Há também o desafio para mostrar à sociedade a importância dessas atividades, o que muitas vezes é prejudicado por uma imagem equivocada, transmitida em decorrência da atuação incorreta de uma pequena parcela de profissionais. No momento em que respondo a essa entrevista, completa-se oito anos da tragédia da Boate Kiss. Temos que lutar pelo cumprimento das nossas atribuições, e também pela punição dos maus profissionais, mas não podemos corroborar com uma argumentação falaciosa que denigre a imagem dos profissionais e do sistema profissional. Creio que estamos sendo eficientes nesse processo, apesar dos prejuízos decorrentes de uma mídia que ainda precisa aperfeiçoar sua compreensão sobre os parâmetros legítimos que envolvem todo o universo das profissões regulamentadas.

  1. Existe valorização? Como o profissional pode estar sempre se atualizando? Qual a importância disso e a relevância da profissão?

Temos procurado incentivar o protagonismo das profissões e estamos investindo em novas formas de valorização, inclusive pela realização de convênios internacionais, que permitem a mobilidade profissional e a certificação internacional. A valorização se faz também por meio da recuperação da imagem dos profissionais, o que está sendo viabilizado pela área de comunicação do Confea. Incentivamos a atualização profissional, por entendermos que as nossas atividades exigem esse permanente apuro das nossas formações para que elas continuem significando a excelência da inovação, do conhecimento e das realizações em nosso país.

  1. Quais foram as principais conquistas da categoria nos últimos anos?

São conquistas contínuas, em torno da credibilidade, da representatividade, da dignidade profissional, que passam, desde o cumprimento do nosso Código de Ética, à atenção jurídica desempenhada em favor da proteção da sociedade e que, simultaneamente, contribui para o exercício profissional. Estamos procurando fazer a nossa parte, apresentando o Sistema com mais integração, mais voz e, sobretudo, uma maior orientação para a defesa das medidas que impactam direta e indiretamente as nossas atividades.

  1. Como os conselhos podem atuar em prol da profissão?

Os conselhos atuam ao defender suas prerrogativas e a defesa da sociedade. É uma via de mão dupla, em que todos ganham. A defesa do exercício legal das profissões deve ser uma preocupação comum aos Creas, enquanto as normatizações são conduzidas pelo Federal, em amplo diálogo com os regionais e as entidades. A própria valorização das entidades é outra forma de atuar próximo aos profissionais, o que temos incentivado por meio dos programas de patrocínio atualmente em vigor.

  1. Desde que assumiu a presidência, pode destacar as principais ações?

Internamente, foi preciso “arrumar a casa” e promover uma reformulação de métodos e práticas, ainda em continuidade. No contato com a sociedade, integramos alguns movimentos voltados à defesa do conteúdo local, que representa a defesa da própria soberania nacional, uma vez que somos responsáveis por grande parte do PIB e por um legado de conhecimento que precisa estar em fluxo contínuo. Temos também buscado enfrentar alguns desafios legislativos, contando com o envolvimento de todo o Sistema e, em alguns casos, com a integração com outras profissões regulamentadas. O objetivo vem sendo aperfeiçoar, gradualmente, as linhas de ação para que possamos superar essas adversidades e, assim, garantir, sobretudo, a segurança à sociedade. Paralelamente, trabalhamos para a integração do Sistema por meio dos recursos normativos, éticos e tecnológicos, que contribuirão para a dinamização da fiscalização e, em última instância, a valorização da imagem dos profissionais, a aproximação com a sociedade e ainda o atendimento às demandas dos órgãos de controle. Nesse sentido, estamos em vias de criar uma gerência específica para a Fiscalização no Confea, que se agregará a esse esforço. A valorização da imagem profissional também tem sido uma preocupação nossa desde o primeiro momento.

  1. Quais as perspectivas de projetos futuros?

A articulação do Sistema para a defesa das nossas demandas no Congresso Nacional é uma prioridade que devemos sempre destacar. Ainda diante de um período atípico em decorrência da pandemia, entendendo as limitações das atividades do Congresso, estamos reforçando a atenção com as nossas atuações parlamentar e jurídica, buscando demonstrar a importância da atuação das profissões regulamentadas, e especialmente, é claro, a contribuição da Engenharia, da Agronomia e da Tecnologia para o crescimento do país. Temos plena convicção de que venceremos cada um desses desafios, em diálogo com o Executivo, o Legislativo e o Judiciário. A integração dos Creas é também um dos nossos maiores objetivos, por meio de iniciativas em que temos investido bastante, como a ART Nacional, o que beneficiará tanto a sociedade, como os profissionais.

  1. Como você resumiria o profissional em uma frase?

Os profissionais da Engenharia, da Agronomia e da Geociência são profissionais identificados com a construção de uma sociedade mais segura, ágil e competitiva, preocupados com a defesa do desenvolvimento sustentável e da soberania nacional.

  1. Como tem sido o investimento nos canais de comunicação e relacionamento com os profissionais e a sociedade, como o da ouvidoria?

A comunicação do Sistema Confea/Crea está sendo valorizada, em todos os níveis, com o objetivo de demonstrar à sociedade a importância da área tecnológica, em defesa da soberania nacional, da segurança da sociedade e da valorização dos nossos profissionais. Estamos ampliando a nossa inserção no universo digital como um todo, principalmente nas redes sociais, promovendo campanhas que atingem também os meios de comunicação de massa de todo o país, contando, para isso, com o acompanhamento e as sugestões de todos os fóruns que compõem o Sistema. Paralelamente, temos aperfeiçoado os nossos canais de controle social, incentivando a participação da sociedade e dos profissionais para que consigamos mitigar as nossas falhas e possamos sempre buscar o maior engajamento possível dos profissionais e a melhor inserção do Sistema no dia a dia da sociedade.

  1. Existe algo que queira acrescentar?

O Brasil passa por um momento de grandes desafios. A Engenharia, a Agronomia e as Geociências do país esperam uma mudança de rumos que invista no capital tecnológico nacional, abrangido não apenas pelo parque tecnológico, mas também pelo capital humano de uma área especializada e com larga experiência. Isso implica na defesa das empresas estratégicas nacionais e também em uma valorização de uma cadeia produtiva que incentive a produção. Para esse nosso segundo triênio à frente do Confea, nossa expectativa é de sedimentar no Sistema a importância da inovação e da velocidade dos nossos processos de gestão. Somos um sistema multiprofissional, cujo alcance é fundamental para o crescimento e a segurança da sociedade. A contribuição da imprensa livre é fundamental para a propagação desse conhecimento e fundamental para a defesa da soberania nacional, e é uma honra compartilhá-lo com o Economic News Brasil.

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